Regador
4º Domingo do
Advento, 18 de dezembro de 2016 – Cor: róseo – Lc 1. 26-38
I – Puxando pela memória: O Evangelho lido nessa noite é o que
poderíamos chamar de preparação imediata para a celebração do Natal. Nesta
perícope encontramos a densidade do evento da Encarnação do Verbo de Deus, toda
a teologia envolvida e a fundamentação bíblica e história para a comemoração do
Natal. Muitas são as lições que podemos apreender. Quando Isabel estava no
sexto mês de gravidez, o arcanjo Gabriel visitou Maria na cidade de Nazaré,
entrando onde ela estava. Os elementos sobrenaturais dão a dimensão exata da
intervenção de Deus na história humana. Um anjo, um ser celestial que é
portador de uma notícia inaudita e maravilhosa da parte de Deus. A gravidez de
uma virgem sem concurso humano, sem relação sexual, sem a contribuição seminal
de José. A fecundação é realizada no ventre lacrado de Maria pela descida do
Espírito Santo sobre ela. O mesmo Espírito que esteve na criação e a tudo
chamou á existência do nada. Esse mesmo Espírito, agora “cria” no ventre de
Maria o corpo de carne d’Aquele que é ‘incriado’, sempre existente, Deus
bendito para sempre. Neste evento todas as profecias, a uma, são cumpridas. O
messias, Rei-descendente de Davi que inaugura um governo indestrutível para a
Casa espiritual de Israel, aqui chamada de Jacó que é na verdade a Igreja de
Cristo. E ainda, somos desafiados pelo exemplo de Maria em sua entrega,
submissão e alegre obediência ao Senhor. O que há para ser apreendido nessa
texto? 1. A historicidade do Natal. Há um tempo, locais e pessoas
envolvidas. O sexto mês de uma gravidez, uma localidade geográfica: Nazaré, um
contrato de casamento em andamento e a responsabilidade e liberdade moral de
uma pessoa: Maria. 2. É o cumprimento maravilhoso e
miraculoso de uma promessa bíblica
já aguardada desde Gn 3.15, passando por Isaías 7, 9, 11 e sempre aguardada
como firme fundamento da esperança de Isarel. O tempo de espera está chegando
ao fim. Simeão dará testemunho disso em Lucas 2. 29 ss. 3. O parto virginal de Jesus atesta a sua divindade, Jesus é
Deus, a segunda pessoa da Trindade bendita. Sempre foi e sempre o será. Não foi
“messianizado”, não foi adotado com Filho, veio a ser o Cristo. O Verbo que era
Deus (e nunca deixou de ser) se fez carne e habitou entre nós. 4. A fé, conquanto busque
a inteligência e reclame conhecimento, é
aperfeiçoada e revela-se poderosa na
submissão, na entrega, na pronta e humilde obediência, ainda que nem
todas as coisas estejam claras. Maria creu no impossível dos homens e no
possível de Deus, descansando o seu coração nas promessas do Senhor que estão
ancoradas nas perfeições de seu caráter santo. Com esse texto, somos
convidados a celebrar com alegria o fato histórico, sobrenatural, real e maravilhoso
do Natal renovando a nossa fé nas infalíveis promessas de Deus que nunca
decepcionam a nossa esperança.
II – Provocando: O que significa para você a celebração do Natal?
Como você entende o plano da salvação a partir desta cena da anunciação do anjo
a Maria? Da atitude de Maria em face da notícia, questione-se se você tem sido
submisso e obediente quando o Senhor o chama a viver uma circunstância onde
você não tem o controle e nem entende muito bem. Você tem agido a exemplo dela?
III – Leituras Bíblicas: Seg.: Jo 1. 1-14; Ter.:
1Jo 4. 2-3; Qua.:
2 Jo 1.7; Qui.: Rm 1.13; Gl 4.4; Sex.: Is 7. 10-16; Sáb.:
Is 9. 1-7.
IV – Hinos: Seg.: HNC 54; Ter.:
HNC 253; Qua.: HNC 252; Qui.: HNC 251; Sex.: HNC 248; Sáb.:
HNC 249
V – Literatura: A História das Doutrinas Cristãs; L. Berkhof. Ed.
Cultura Cristã.
Oração:
“Deus eterno e cheio
de bondade, que nos preparastes ao longo desses dias para festejarmos
dignamente a vinda de vosso Filho para nos salvar, concedei-nos viver sempre em
vossa amizade, aguardando na feliz esperança o advento de Cristo, nosso
Salvador. Que convosco vive e reina para sempre. Amém.” (Eucológio Romano)
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