Regador
04 de dezembro de
2017 – 2º Domingo do Advento – Cor:
Roxo – Isaías 11.1-10
I – Puxando pela memória: O poema messiânico de Isaías 11 faz
paralelo com o texto do capítulo 9 e a seu modo é um complemento. O tronco faz
alusão ao que restou de Israel, o que restou do triste fim do reinado de Acaz.
A dinastia de Davi foi praticamente destruída e apenas um remanescente frágil
foi preservado. Mais tarde, como os Evangelhos identificarão Jesus como
Nazareno, muitos eruditos entendem que este título possui raízes etimológicas
com o termo hebraico ‘neçér’ que significa toco ou tronco. Seja como for, as
origens humildes de Davi em Jessé e agora atribuídas ao Messias vindouro, dão
ainda maior magnificência e glória à obra da redenção. Assim como o texto de
domingo passado, estas profecias ocorrem cerca de 700 anos antes do nascimento
de Jesus Cristo em Belém de Judá, terra de Jessé. As tradições judaicas e
cristãs são unânimes ao atribuir ao texto um inequívoco significado messiânico,
não só à vinda do Messias, mas de maneira especial o que significará o seu
reinado para a humanidade restaurada. Jesus Cristo, conforme Lucas 4. 18 é
sobre quem repousa o Espírito do Senhor para o pleno cumprimento de sua missão.
Suas qualificações são magníficas: possuiria sabedoria divina para governar e
dar segura e feliz direção ao seu povo. Entendimento para discernir e julgar
todas as coisas, inclusive as ocultas. Conselho e fortaleza prerrogativas
militares para defender os seus de maneira invencível contra os ataques do
inimigo e mantê-lo sempre á salvo. Conhecimento e temor que revelam plena
comunhão, harmonia e intimidade com a vontade de Deus. Um Rei assim é capaz de
julgar o seu povo com justiça, equidade e defender a causa dos pobres e dos que
mansamente esperam em sua bondade e misericórdia. No seu Reino, o mal não terá
vez, nem mesmo a sua presença será possível, uma vez que não será tolerada por
Ele. O seu Reino futuro, que já começou, será um tempo de perfeita
reconciliação, sem a presença do pecado que torna ambivalente toda relação, haverá
paz, harmonia e felicidade para toda a criação dos novos céus e nova terra. E
todos, sem exceção, estaremos cheios do conhecimento do Senhor. Tudo isso teve
início no Natal. O Tronco de Jessé abriu-se em flor e deu fruto do ventre de Maria:
“bendito é o fruto do teu ventre” (Lc
1.42). Jesus é o Messias, o ungido pelo Espírito Santo (Lc 4.18), o seu Reino
já chegou até nós (Mt 12.28; Lc 10.11). Todavia, esperamos que um dia voltará para fazer novas todas as
coisas (Ap 21.5) e entregará o Reino a seu Pai (1Co 15.24) e então viveremos
num lindo país: “E ouvi uma grande voz do
céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles
habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu
Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem
pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”
(Ap 21:3,4). Até lá, cantemos com a igreja de todos os tempos: “Ora vem, Senhor Jesus” (Ap 22.20).
II – Provocando: Temos praticado a espera e vivido com anelo a
volta de Jesus e a instauração plena de seu Reinado? Sonhamos com as coisas do
Céu e temos verdadeiro desejo do paraíso? Você
já se deu conta que o Reino de Deus e a igreja verdadeira são feitos de
remanescentes que permanecem fiéis e que não deixam capitular pela maioria?
III – Leituras Bíblicas: Seg.: Nm 11. 17, 25-26; Ter.:
Dt 34. 9; Jz 3.10; Qua.: 1 Rs 3.9; Pv 4.5,7;
Qui.:
Pv 1.7; 2Sm 23.1-4; Sex.: Ap 6. 15-17; Hb 4.12; Sáb.: Jo 12.32.
IV – Hinos: Seg. HNC 192; Ter. HNC 193; Qua.
HNC 194; Qui. HNC 229 e 230; Sex.
HNC 231 e 232; Sáb. HNC 232.
V – Literatura: “Encontros
com Jesus” – Timothy Keller. Ed. Vida Nova.
Oração:
“Ó Deus todo-poderoso
e cheio de misericórdia, nós vos pedimos que nenhuma atividade terrena nos
impeça de correr ao encontro do vosso Filho, mas, instruídos pela vossa
sabedoria, participemos da plenitude de sua vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo
na unidade do Espírito Santo”. (Eucológio Romano).
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