Regador
Domingo,
02 de abril de 2017 – DOMINGO LETARAE – Rm 3. 1-18 – Cor: Róseo
I – Puxando pela memória:
Nesta perícope Paulo demonstra a igualdade fundamental que existe entre
o judeu e o gentio. Ambos são pecadores e estão encerrados sob a ira de Deus.
Estão sob o império do pecado. Cada um a seu modo, judeu e gentio, com ou sem
lei, vivem na desobediência e na incredulidade. Evidentemente que Paulo sabia
que ao descrever essa dura realidade da humanidade, ele não ficaria sem
opositores e sem aqueles que com suas sutis e fúteis racionalizações,
levantariam muitas objeções para se justificar diante de Deus e ainda, lançar sobre
o próprio Deus a pecha de injusto ou de fazer reivindicações incoerentes. Paulo
começa seu discurso falando sobre a situação de Israel quanto ao propósito de
sua eleição (v.1). Á Israel foram confiados os oráculos de Deus, isto é, a Lei,
os profetas e os demais escritos sagrados dentro da Aliança. Deus confiou a
Israel com o propósito santo de atrair as nações pelo padrão de vida que Israel
deveria ter, como um privilégio jamais concedido a qualquer outro povo.
Todavia, muitos judeus falharam em não viver em conformidade com a Aliança.
Muitos eram incrédulos e essa incredulidade não mudou a fidelidade do Senhor.
Todavia, essa vantagem só aumentou a responsabilidade e a responsabilização de
Israel. Pecando pela incredulidade, ficou exaltada a fidelidade e a justiça de
Deus perante Israel e todas as nações. O pecado não promove a honra de Deus e
se Deus não exterminou os judeus, não significa que ele foi conivente ou
injusto. No uso de sua paciência e misericórdia o Senhor não fez ‘não-justiça’.
Justiça/injustiça não tem relação com a misericórdia. Paulo termina perguntando
então se há alguma vantagem para os cristãos gentios na eleição, se eles, sem lei, tem algum
mérito e a resposta é um sonoro não (v.9). Aqui, Paulo abre espaço para
apresentar a suprema necessidade de Cristo como o Salvador tanto de judeus,
quanto de gentios. Paulo prepara o cenário conveniente para exaltar a graça de
Deus no dom da fé, na justificação pela fé e apresentar o Evangelho da
salvação. Também a nós Deus confiou os seus oráculos. Também nós estamos sob o
signo de uma Aliança nova e eterna. Não há vantagens quando o mérito não é
levado em conta. Mas, há um privilégio inegável, crendo em Cristo e nele
confiando, por Ele clamando e a Ele obedecendo, sua justiça creditada a nós , nos
faz alvos da misericórdia de Deus e livres de sua ira vindoura.
II – Provocando: Há alguma real vantagem em se ter nascido em
“berço evangélico”? Qual a responsabilidade de alguém que nasce e cresce sob a
educação da fé e o conhecimento do Evangelho? Cristo continua necessário para
você a ponto de você não crer que você seja merecedor de algo da parte de Deus?
Justifique cada uma de suas respostas.
III – Bebendo na fonte: Leia
2 Pe 1.10; 1 Ts 1.4 e Gl 2.21 e responda: O que você entende por ‘vantagem” ou
“privilégio” da Eleição?
IV – leituras Bíblicas: Seg.: Rm 11.28; Ter.: Rm 11.23; Qua.:
Hb 3.19; Qui.: Hb 6.1; Sex.: Rm 11.5; Sáb.: Rm 9.11.
V – Hinos: Seg.: HNC 31; Ter.: HNC 32; Qua.: HNC 34; Qui.: HNC 96; Sex.: HNC 95;
Sáb.: HNC 120.
VI – Sugestão de Literatura: “O
Deus amordaçado” – D.A. Carson. Shedd. Ed.
Oração:
“Ó Deus, que por vosso
Filho realizais de modo admirável a reconciliação do gênero humano, concedei ao
povo cristão correr ao encontro das festas que se aproximam, cheios de fervor e
exultando de fé. Por Cristo Nosso Senhor. Amém”. (Ritual e Cerimônias da Igreja Luterana).
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