Maio, Mês da Família
na Igreja Presbiteriana do Brasil
“E Deus os abençoou
e disse: Sejam fecundos, multiplicai-vos,
enchei a terra...por isso, deixa o
homem pai e mãe e se une à sua mulher,
tornando-se os dois uma só carne” (Gn
1.28; 2.24).
Dedicamos o mês de maio à
consideração, apreço, estudo, fortalecimento e defesa da família na Igreja
Presbiteriana do Brasil. Vivemos dias confusos e estranhos. Da agenda
homoafetiva ao STF, passando pelas produções culturais, não há instituição mais
deformada, afrontada, aviltada do que a família. O desmantelamento da família é a
própria falência da sociedade e a mais profunda crise pela qual a humanidade
terá que enfrentar nos próximos anos. O fim da família como a conhecemos pai,
mãe e os filhos, será na verdade o próprio fim da humanidade enquanto raça, mas
sobretudo enquanto auto compreensão, significado, razão de ser e etc. A
família não é um fenômeno antropológico ou simples contrato social. A família é
uma instituição divina desejada e projetada por Deus, com homem, mulher e os
filhos, frutos de desta abençoada relação de alteridade, entrega e
complementariedade na diferenciação dos sexos e funções. Deus quis a família
com propósitos bem definidos e leis inalteráveis até o fim dos tempos. Deus quis,
primeiro, para ser o lugar onde o homem e a mulher, criados à sua imagem e
semelhança, pudessem da melhor maneira possível, exercitarem estes atributos. A
família é o lugar onde aprendemos a ser humanos e onde aperfeiçoamos a nossa
humanidade e quanto mais humanos, mais refletimos a nossa origem criatural em
Deus. O Criador desejou ainda que a família fosse o berço natural abençoado e protetor da vida, como um santuário.
Através da união sexual entre um homem e uma mulher, sob a bênção do Senhor no
casamento, Deus estabeleceu este o lugar privilegiado para a geração da vida humana, seus cuidados mais
fundamentais e o ambiente mais saudável e seguro para o seu desenvolvimento
psíquico, afetivo, social, intelectual e espiritual. A família, no projeto original,
desde o princípio, é a primeira escola de socialização e aquisição das virtudes. No seio
familiar é que o caráter é formado, os hábitos e as virtudes são adquiridos e
os vícios e os atos malsãos ensinados como evitá-los. Os valores mais sedimentados e
arraigados, aqueles que norteiam a existência e que influenciam as
decisões de um homem e uma mulher,
mormente foram adquiridos por observação na intimidade familiar. Deus
estabeleceu o lar ainda como uma espécie de igreja doméstica. As primeiras experiências
religiosas acontecem em casa, junto aos pais, avós, tios e etc. Muito da
herança espiritual de um homem e uma mulher tem mais a ver com o que ele
vivenciou em casa do que aquilo que ele eventualmente experimenta mais tarde
quando faz de maneira autônoma a sua opção religiosa. Sem a solidez estrutural
da família nuclear nenhuma outra instituição por mais bem organizada e por
melhores propósitos que possua poderá obter sucesso. Famílias enfraquecidas geram sociedades doentes. Famílias desprotegidas e
sem balizamento formam igrejas inoperantes e impotentes, isto sem falar da tragédia
em que vivem as nossas escolas, por exemplo. A crise moral pela qual passa o
Brasil, por exemplo, com tantos escândalos de corrupção na política e na
economia está de alguma maneira ligada ao desmantelamento da família. A crise
ética que assola muitas igrejas e ministérios cristãos também. A educação
formal, por mais adequada e sofistica jamais substituirá a necessária e
indispensável transmissão dos valores mais essenciais à nossa humanidade.
Grandes homens, grandes líderes, mormente, se originam de famílias funcionais e
ajustadas. Só numa família moldada e bem fundada no plano original de Deus há
de defender a vida do nascituro à velhice. Só numa família bem ajustada é que a
criança será incentivada a crescer e a desenvolver todo o seu potencial humano.
Só na família o idoso é respeitado e acolhido como reserva moral e fonte de
sabedoria e conhecimento nunca encontrados noutro lugar. Quanto mais a
sociedade e a cultura se afastam do
modelo tradicional da família tanto menos humanos nos tornamos, menos
tolerantes, menos respeitosos, menos afetivos e menos livres também.
Aproveitemos o mês de maio e façamos dele um tempo forte e intenso de orações
pela família e pela defesa de sua vocação e missão segundo a vontade de Deus.
Rev. Luiz Fernando Dos Santos
É Ministro da Igreja Presbiteriana do
Brasil em Itapira
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