LITURGIA DO CULTO
24 DE MAIO DE 2015.
 No
antigo calendário israelita estão relacionadas três festas  (Ex 23.14-17; 34.18-23): a primeira é a
Páscoa, celebrada junto à dos Ázimos ou Asmos; a segunda é a Festa das
Colheitas ou Semanas que, a partir do domínio Grego, recebeu o nome de
Pentecostes; finalmente, a festa dos Tabernáculos ou Cabanas. As duas primeiras
celebrações foram adotadas pelo cristianismo, porém, a terceira foi relegada ao
esquecimento. Pentecostes não é o nome próprio da segunda festa do antigo
calendário bíblico, no Antigo Testamento     (Ex 23.14-17; 34.18-23). Originalmente,
essa festa é referida com vários nomes: Festa da Colheita ou Sega - no hebraico
hag
haqasir, por se tratar de uma colheita de grãos, trigo e cevada, essa
festa ganhou esse segundo nome (Ex 23.16). Festa das Semanas - no hebraico, hag
Chavu´ot. A razão desse nome está no período de duração dessa
celebração: sete semanas. O início da festa se dá, cinquenta dias depois da
Páscoa, com a colheita da cevada; o encerramento acontece com a colheita do
trigo (Dt 34.22; Nm 28.26; Dt 16.10). Dia das Primícias dos Frutos - no
hebraico yom habikurim. Este nome tem sua razão de ser na entrega de uma
oferta voluntária, a Deus, dos primeiros frutos da terra colhidos naquela sega
(Nm 28.26). Provavelmente, a oferta das primícias acontecia em cada uma das
três tradicionais festas do antigo calendário bíblico. Na primeira, Páscoa,
entregava-se uma ovelha nascida naquele ano; na segunda, Colheita ou Semanas,
entregava-se uma porção dos primeiros grãos colhidos; e, finalmente, na
terceira festa, Tabernáculos ou Cabanas, o povo oferecia os primeiros frutos da
colheita de frutas, como uva, tâmara e figo, especialmente. A Festa de
Pentecostes. Por que este nome? Nos últimos trezentos anos do período do Antigo Testamento,
No
antigo calendário israelita estão relacionadas três festas  (Ex 23.14-17; 34.18-23): a primeira é a
Páscoa, celebrada junto à dos Ázimos ou Asmos; a segunda é a Festa das
Colheitas ou Semanas que, a partir do domínio Grego, recebeu o nome de
Pentecostes; finalmente, a festa dos Tabernáculos ou Cabanas. As duas primeiras
celebrações foram adotadas pelo cristianismo, porém, a terceira foi relegada ao
esquecimento. Pentecostes não é o nome próprio da segunda festa do antigo
calendário bíblico, no Antigo Testamento     (Ex 23.14-17; 34.18-23). Originalmente,
essa festa é referida com vários nomes: Festa da Colheita ou Sega - no hebraico
hag
haqasir, por se tratar de uma colheita de grãos, trigo e cevada, essa
festa ganhou esse segundo nome (Ex 23.16). Festa das Semanas - no hebraico, hag
Chavu´ot. A razão desse nome está no período de duração dessa
celebração: sete semanas. O início da festa se dá, cinquenta dias depois da
Páscoa, com a colheita da cevada; o encerramento acontece com a colheita do
trigo (Dt 34.22; Nm 28.26; Dt 16.10). Dia das Primícias dos Frutos - no
hebraico yom habikurim. Este nome tem sua razão de ser na entrega de uma
oferta voluntária, a Deus, dos primeiros frutos da terra colhidos naquela sega
(Nm 28.26). Provavelmente, a oferta das primícias acontecia em cada uma das
três tradicionais festas do antigo calendário bíblico. Na primeira, Páscoa,
entregava-se uma ovelha nascida naquele ano; na segunda, Colheita ou Semanas,
entregava-se uma porção dos primeiros grãos colhidos; e, finalmente, na
terceira festa, Tabernáculos ou Cabanas, o povo oferecia os primeiros frutos da
colheita de frutas, como uva, tâmara e figo, especialmente. A Festa de
Pentecostes. Por que este nome? Nos últimos trezentos anos do período do Antigo Testamento, Transcorridos quarenta dias da celebração da
Páscoa o calendário cristão nos traz a solenidade da Ascenção do Senhor. Esta é
uma festa cristã rica em significado e repleta de doutrina e encorajamento para
vida do crente. Um dos modos mais interessantes de investigar o que podemos
aprender desta data litúrgica é visitar os livros litúrgicos e descobrir o que
em forma de poesia e lirismo a tradição cristã produziu e conservou desta
verdade Bíblica recordada na comunidade de fé. A oração inicial mais antiga
deste dia diz o seguinte: “Ó Deus
todo-poderoso, a ascensão do vosso Filho já é nossa vitória. Fazei-nos exultar
de alegria e fervorosa ação de graças, pois, membros de seu corpo, somos
chamados na esperança a participar da sua glória”. Desde logo encontramos
aqui uma verdade do credo apostólico que serve não só de instrução, mas de
consolo e entusiasmo para caminhada cristã. Jesus elevado aos céus em corpo humano, transfigurado pela
ressurreição, é na verdade a antecipação daquilo que também nós podemos e
devemos aguardar pela fé. Na Ascensão de Jesus não celebramos algo que
possivelmente acontecerá conosco, mas algo que efetivamente acontecerá, isto é,
terminada a nossa peregrinação terrestre, transfigurado o nosso corpo de
humilhação em um corpo de glória (Fp 3.21), seremos elevados ás alturas para
habitarmos para sempre com o Senhor (1Ts 4.17). Outro texto litúrgico é a anáfora
da eucaristia: “Na verdade, é justo e
necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar,
Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. Vencendo o pecado e a morte,
vosso Filho Jesus, Rei da Glória, subiu ante os anjos maravilhados ao mais alto
dos céus. E tornou-se o mediador entre vós, Deus, nosso Pai, e a humanidade
redimida, juiz do mundo e Senhor do universo. Ele, nossa cabeça e princípio,
subiu aos céus, não para afastar-se de nossa humanidade, mas para dar-nos a certeza de que nos conduzirá à glória da
imortalidade”. Este texto insiste em afirmar que subindo aos céus Jesus não
se afasta de nós, não rompe conosco  os
laços de amizade e nem nos abandona em nossas necessidades. Antes, pelo contrário. Jesus Cristo agora é
nosso mediador e também nosso representante no Conselho da Trindade. O Pai
nos ouve e aceita as nossas orações por meio dele, Jesus, o sumo sacerdote que
conhece as aflições da humanidade redimida, porém imperfeita e ainda sob a
influência do pecado e da morte. Embora Ele mesmo não conhecesse o pecado
fez-se pecado por nós e na cruz suportou a ira santa de Deus sobre o pecado e
os pecadores, por isso mesmo, em sua humanidade glorificada enche-se no céu de
compaixão por nós e pleiteia ante o trona da Graça as graças de que mais temos
necessidades. Há ainda outra dimensão a ser considerada nesta solenidade. Uma
dimensão filosófica quanto á existência humana no aqui e agora. Vivemos tempos
de consumismo desenfreado, materialismo exacerbado e coisificação dos
sentimentos e dos relacionamentos humanos. O homem, apesar do ambiente
extremamente religioso e “espiritualista” da nossa época, vem perdendo a cada
dia a noção de transcendência e por isso mesmo do sentido último para a vida.
Por isso todos parecem correr contra o tempo para encontrar a felicidade e para
dar uma razão à própria existência. Vivemos numa espécie de “vale-tudo” da
satisfação e do prazer. Neste sentido a solenidade da Ascensão aponta para a
sublime vocação do homem em Cristo, aponta para o mistério, agora revelado na
ascensão, de que a vida continua depois desta vida, e que aqui temos apenas,
porém verdadeiros e maravilhosos, vislumbres da felicidade e da glória. Que
tudo o que há neste mundo é dom de Deus para a humanidade inteira sem exceção,
pois Deus é bom. Todos podem casar-se, gerar filhos, ter acesso aos bens
materiais desta vida, deleitar-se nas artes, viver amores e etc. Mas, isto não
é tudo o que há. O que está além destas verdadeiras dádivas do Pai só pode ser
encontrado em Cristo e Cristo está no alto, assentado à direita do Pai e
devemos buscar estas coisas: “Portanto,
já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde
Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do
alto, e não nas coisas terrenas” (Cl 3. 1,2). Na Ascensão de Cristo
descobrimos que nada tem sentido último e final
aqui e agora. Enquanto vivemos com responsabilidade e compromisso com as
demandas desta vida, sem escapismos, elevamos ao alto os nossos corações e
anelamos pelo dia em que em corpo e alma redimidos e transfigurados estaremos
pela eternidade com o Senhor da Glória.
Transcorridos quarenta dias da celebração da
Páscoa o calendário cristão nos traz a solenidade da Ascenção do Senhor. Esta é
uma festa cristã rica em significado e repleta de doutrina e encorajamento para
vida do crente. Um dos modos mais interessantes de investigar o que podemos
aprender desta data litúrgica é visitar os livros litúrgicos e descobrir o que
em forma de poesia e lirismo a tradição cristã produziu e conservou desta
verdade Bíblica recordada na comunidade de fé. A oração inicial mais antiga
deste dia diz o seguinte: “Ó Deus
todo-poderoso, a ascensão do vosso Filho já é nossa vitória. Fazei-nos exultar
de alegria e fervorosa ação de graças, pois, membros de seu corpo, somos
chamados na esperança a participar da sua glória”. Desde logo encontramos
aqui uma verdade do credo apostólico que serve não só de instrução, mas de
consolo e entusiasmo para caminhada cristã. Jesus elevado aos céus em corpo humano, transfigurado pela
ressurreição, é na verdade a antecipação daquilo que também nós podemos e
devemos aguardar pela fé. Na Ascensão de Jesus não celebramos algo que
possivelmente acontecerá conosco, mas algo que efetivamente acontecerá, isto é,
terminada a nossa peregrinação terrestre, transfigurado o nosso corpo de
humilhação em um corpo de glória (Fp 3.21), seremos elevados ás alturas para
habitarmos para sempre com o Senhor (1Ts 4.17). Outro texto litúrgico é a anáfora
da eucaristia: “Na verdade, é justo e
necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar,
Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. Vencendo o pecado e a morte,
vosso Filho Jesus, Rei da Glória, subiu ante os anjos maravilhados ao mais alto
dos céus. E tornou-se o mediador entre vós, Deus, nosso Pai, e a humanidade
redimida, juiz do mundo e Senhor do universo. Ele, nossa cabeça e princípio,
subiu aos céus, não para afastar-se de nossa humanidade, mas para dar-nos a certeza de que nos conduzirá à glória da
imortalidade”. Este texto insiste em afirmar que subindo aos céus Jesus não
se afasta de nós, não rompe conosco  os
laços de amizade e nem nos abandona em nossas necessidades. Antes, pelo contrário. Jesus Cristo agora é
nosso mediador e também nosso representante no Conselho da Trindade. O Pai
nos ouve e aceita as nossas orações por meio dele, Jesus, o sumo sacerdote que
conhece as aflições da humanidade redimida, porém imperfeita e ainda sob a
influência do pecado e da morte. Embora Ele mesmo não conhecesse o pecado
fez-se pecado por nós e na cruz suportou a ira santa de Deus sobre o pecado e
os pecadores, por isso mesmo, em sua humanidade glorificada enche-se no céu de
compaixão por nós e pleiteia ante o trona da Graça as graças de que mais temos
necessidades. Há ainda outra dimensão a ser considerada nesta solenidade. Uma
dimensão filosófica quanto á existência humana no aqui e agora. Vivemos tempos
de consumismo desenfreado, materialismo exacerbado e coisificação dos
sentimentos e dos relacionamentos humanos. O homem, apesar do ambiente
extremamente religioso e “espiritualista” da nossa época, vem perdendo a cada
dia a noção de transcendência e por isso mesmo do sentido último para a vida.
Por isso todos parecem correr contra o tempo para encontrar a felicidade e para
dar uma razão à própria existência. Vivemos numa espécie de “vale-tudo” da
satisfação e do prazer. Neste sentido a solenidade da Ascensão aponta para a
sublime vocação do homem em Cristo, aponta para o mistério, agora revelado na
ascensão, de que a vida continua depois desta vida, e que aqui temos apenas,
porém verdadeiros e maravilhosos, vislumbres da felicidade e da glória. Que
tudo o que há neste mundo é dom de Deus para a humanidade inteira sem exceção,
pois Deus é bom. Todos podem casar-se, gerar filhos, ter acesso aos bens
materiais desta vida, deleitar-se nas artes, viver amores e etc. Mas, isto não
é tudo o que há. O que está além destas verdadeiras dádivas do Pai só pode ser
encontrado em Cristo e Cristo está no alto, assentado à direita do Pai e
devemos buscar estas coisas: “Portanto,
já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde
Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do
alto, e não nas coisas terrenas” (Cl 3. 1,2). Na Ascensão de Cristo
descobrimos que nada tem sentido último e final
aqui e agora. Enquanto vivemos com responsabilidade e compromisso com as
demandas desta vida, sem escapismos, elevamos ao alto os nossos corações e
anelamos pelo dia em que em corpo e alma redimidos e transfigurados estaremos
pela eternidade com o Senhor da Glória. Uma das realidades mais importantes a serem
resgatadas no âmbito da família é a espiritualidade conjugal. Entenda-se
por espiritualidade a dinâmica do casal na sua relação entre si, diante de Deus
e com Deus. Foi o pecado que introduziu no mundo esta hierarquia que
submete a mulher ou leva o homem a sentir-se superior ou mais digno. Na
verdade, homem e mulher possuem igual dignidade criatural, trazem em si de
igual maneira a imagem e semelhança com Deus e igualmente em Cristo são
herdeiros da mesma bênção. Contudo, não são iguais, possuem funções e missões
diferentes, não excludentes, mas complementares entre si. E é exatamente aqui,
nesta tensão de diferenciação e complementariedade que se dá a dinâmica da
espiritualidade conjugal. A primeira coisa a ser destacada é que o
casal são companheiros de uma viagem. Estão juntos na travessia deste mundo
rumo à pátria definitiva. Enquanto peregrinam neste mundo como estrangeiros,
ambos se escolheram para tornarem esta jornada mais leve, mais feliz, mais
proveitosa e prazerosa a ambos. Logo, é preciso que haja harmonia,
concordância, divisão de tarefas e ajuda mútua. É preciso que juntos tracem
planos, estratégias, metas e que estabeleçam a rota desta viagem. A primeira
exigência para o estabelecimento de uma espiritualidade conjugal saudável é o
diálogo franco, aberto e respeitoso. O diálogo serve para aprofundar o
conhecimento da alma, da psique, dos sentimentos do outro. O diálogo deve ser frequente, abundante, a Internet, o Facebook
e a TV não podem de maneira alguma empobrecer ou usurpar o lugar do diálogo
entre o casal. O diálogo é terapêutico, curativo, nele é possível expor as feridas da
alma, os arranhões e as machucaduras obtidos durante a passagem por caminhos mais difíceis e mais escuros desta
viagem. Uma sólida
espiritualidade conjugal reclama uma amizade preferencial entre si. Não é
possível que homem e mulher possuam amizades mais íntimas, mais confidentes,
mais frequentes do que entre si. Esta amizade preferencial não é excludente
evidentemente. Não deve isolar o casal da vida social e da interação com o
mundo. Todavia, a amizade entre si é a base para que haja confiança, respeito,
prazer da companhia, estabilidade emocional e afetiva e leveza da alma. A
amizade é algo que deve ser cultivada por momentos de lazer vividos juntos, por
troca de gentilezas e elogios. Para que haja uma espiritualidade construtiva
entre o casal é preciso que ambos exerçam sobre o outro uma amorosa mentoria ou
direção espiritual. Isto é, que quando a correção, a crítica ou uma advertência
precisar ser feita que ela seja realizada com amor, com franqueza, com firmeza,
com ternura e sempre desejando e demonstrando que o que se quer é a felicidade
do outro. Espiritualidade conjugal tem tudo a ver com intimidade sexual. A
união sexual de um homem e uma mulher nos contornos do matrimônio é uma dádiva
do paraíso ainda antes da Queda. A sexualidade é um presente de Deus para que
o homem e a mulher experimentem aqui nesta vida e durante o transcurso desta
existência a indizível felicidade que Deus tem em si mesmo na intimidade da
Trindade. Portanto, uma espiritualidade livre de escrúpulos doentios,
sem afetação ou perfeccionismo passa necessariamente pela vida sexual do casal.
Vida sexual abundante, casta, sem a contaminação da pornografia ou sem a doença
da perversão. Intimidade sexual que revele carinho, amor, respeito, desejo,
satisfação, realização pessoal na recepção sem reservas do outro e na entrega
incondicional de si mesmo. Para os cristãos a sexualidade faz parte integrante
do culto espiritual e integral que o homem e a mulher devem prestar a Deus em
tudo dando graças. Vale lembrar aqui que sexualidade não se trata tanto de ‘genitalidade’,
mas de todo um ambiente onde ambos se sintam desejados, onde ambos percebam que
suas presenças encantam e são necessárias. Para que tudo isso dito seja de fato
e de verdade eficiente, lógico, que a espiritualidade supõe que marido e
mulher leiam as Escrituras juntos, que orem e cada qual ore pelo cônjuge.
É evidente que precisam edificar-se mutuamente e que o homem precisa assumir e
exercer em favor de sua mulher o seu ministério de pastor e sacerdote do lar
cumprindo o que a Escritura lhe prescreve em Ef 5.25-32 e a esposa, como
auxiliadora idônea, deve corresponder ao seu amado conforme ensina o mesmo
apóstolo um pouco antes em Ef 5. 22-24. Que no mês dedicado à família na Igreja
Presbiteriana busquemos  uma vida de
excelência espiritual na dinâmica conjugal.
Uma das realidades mais importantes a serem
resgatadas no âmbito da família é a espiritualidade conjugal. Entenda-se
por espiritualidade a dinâmica do casal na sua relação entre si, diante de Deus
e com Deus. Foi o pecado que introduziu no mundo esta hierarquia que
submete a mulher ou leva o homem a sentir-se superior ou mais digno. Na
verdade, homem e mulher possuem igual dignidade criatural, trazem em si de
igual maneira a imagem e semelhança com Deus e igualmente em Cristo são
herdeiros da mesma bênção. Contudo, não são iguais, possuem funções e missões
diferentes, não excludentes, mas complementares entre si. E é exatamente aqui,
nesta tensão de diferenciação e complementariedade que se dá a dinâmica da
espiritualidade conjugal. A primeira coisa a ser destacada é que o
casal são companheiros de uma viagem. Estão juntos na travessia deste mundo
rumo à pátria definitiva. Enquanto peregrinam neste mundo como estrangeiros,
ambos se escolheram para tornarem esta jornada mais leve, mais feliz, mais
proveitosa e prazerosa a ambos. Logo, é preciso que haja harmonia,
concordância, divisão de tarefas e ajuda mútua. É preciso que juntos tracem
planos, estratégias, metas e que estabeleçam a rota desta viagem. A primeira
exigência para o estabelecimento de uma espiritualidade conjugal saudável é o
diálogo franco, aberto e respeitoso. O diálogo serve para aprofundar o
conhecimento da alma, da psique, dos sentimentos do outro. O diálogo deve ser frequente, abundante, a Internet, o Facebook
e a TV não podem de maneira alguma empobrecer ou usurpar o lugar do diálogo
entre o casal. O diálogo é terapêutico, curativo, nele é possível expor as feridas da
alma, os arranhões e as machucaduras obtidos durante a passagem por caminhos mais difíceis e mais escuros desta
viagem. Uma sólida
espiritualidade conjugal reclama uma amizade preferencial entre si. Não é
possível que homem e mulher possuam amizades mais íntimas, mais confidentes,
mais frequentes do que entre si. Esta amizade preferencial não é excludente
evidentemente. Não deve isolar o casal da vida social e da interação com o
mundo. Todavia, a amizade entre si é a base para que haja confiança, respeito,
prazer da companhia, estabilidade emocional e afetiva e leveza da alma. A
amizade é algo que deve ser cultivada por momentos de lazer vividos juntos, por
troca de gentilezas e elogios. Para que haja uma espiritualidade construtiva
entre o casal é preciso que ambos exerçam sobre o outro uma amorosa mentoria ou
direção espiritual. Isto é, que quando a correção, a crítica ou uma advertência
precisar ser feita que ela seja realizada com amor, com franqueza, com firmeza,
com ternura e sempre desejando e demonstrando que o que se quer é a felicidade
do outro. Espiritualidade conjugal tem tudo a ver com intimidade sexual. A
união sexual de um homem e uma mulher nos contornos do matrimônio é uma dádiva
do paraíso ainda antes da Queda. A sexualidade é um presente de Deus para que
o homem e a mulher experimentem aqui nesta vida e durante o transcurso desta
existência a indizível felicidade que Deus tem em si mesmo na intimidade da
Trindade. Portanto, uma espiritualidade livre de escrúpulos doentios,
sem afetação ou perfeccionismo passa necessariamente pela vida sexual do casal.
Vida sexual abundante, casta, sem a contaminação da pornografia ou sem a doença
da perversão. Intimidade sexual que revele carinho, amor, respeito, desejo,
satisfação, realização pessoal na recepção sem reservas do outro e na entrega
incondicional de si mesmo. Para os cristãos a sexualidade faz parte integrante
do culto espiritual e integral que o homem e a mulher devem prestar a Deus em
tudo dando graças. Vale lembrar aqui que sexualidade não se trata tanto de ‘genitalidade’,
mas de todo um ambiente onde ambos se sintam desejados, onde ambos percebam que
suas presenças encantam e são necessárias. Para que tudo isso dito seja de fato
e de verdade eficiente, lógico, que a espiritualidade supõe que marido e
mulher leiam as Escrituras juntos, que orem e cada qual ore pelo cônjuge.
É evidente que precisam edificar-se mutuamente e que o homem precisa assumir e
exercer em favor de sua mulher o seu ministério de pastor e sacerdote do lar
cumprindo o que a Escritura lhe prescreve em Ef 5.25-32 e a esposa, como
auxiliadora idônea, deve corresponder ao seu amado conforme ensina o mesmo
apóstolo um pouco antes em Ef 5. 22-24. Que no mês dedicado à família na Igreja
Presbiteriana busquemos  uma vida de
excelência espiritual na dinâmica conjugal. Dedicamos o mês de maio à
consideração, apreço, estudo, fortalecimento e defesa da família na Igreja
Presbiteriana do Brasil. Vivemos dias confusos e estranhos. Da agenda
homoafetiva ao STF, passando pelas produções culturais, não há instituição mais
deformada, afrontada, aviltada do que a família. O desmantelamento da família é a
própria falência da sociedade e a mais profunda crise pela qual a humanidade
terá que enfrentar nos próximos anos. O fim da família como a conhecemos pai,
mãe e os filhos, será na verdade o próprio fim da humanidade enquanto raça, mas
sobretudo enquanto auto compreensão, significado, razão de ser e etc. A
família não é um fenômeno antropológico ou simples contrato social. A família é
uma instituição divina desejada e projetada por Deus, com homem, mulher e os
filhos, frutos de desta abençoada relação de alteridade, entrega e
complementariedade na diferenciação dos sexos e funções. Deus quis a família
com propósitos bem definidos e leis inalteráveis até o fim dos tempos. Deus quis,
primeiro, para ser o lugar onde o homem e a mulher, criados à sua imagem e
semelhança, pudessem da melhor maneira possível, exercitarem estes atributos. A
família é o lugar onde aprendemos a ser humanos e onde aperfeiçoamos a nossa
humanidade e quanto mais humanos, mais refletimos a nossa origem criatural em
Deus. O Criador desejou ainda que a família fosse o berço natural abençoado e protetor da vida,
Dedicamos o mês de maio à
consideração, apreço, estudo, fortalecimento e defesa da família na Igreja
Presbiteriana do Brasil. Vivemos dias confusos e estranhos. Da agenda
homoafetiva ao STF, passando pelas produções culturais, não há instituição mais
deformada, afrontada, aviltada do que a família. O desmantelamento da família é a
própria falência da sociedade e a mais profunda crise pela qual a humanidade
terá que enfrentar nos próximos anos. O fim da família como a conhecemos pai,
mãe e os filhos, será na verdade o próprio fim da humanidade enquanto raça, mas
sobretudo enquanto auto compreensão, significado, razão de ser e etc. A
família não é um fenômeno antropológico ou simples contrato social. A família é
uma instituição divina desejada e projetada por Deus, com homem, mulher e os
filhos, frutos de desta abençoada relação de alteridade, entrega e
complementariedade na diferenciação dos sexos e funções. Deus quis a família
com propósitos bem definidos e leis inalteráveis até o fim dos tempos. Deus quis,
primeiro, para ser o lugar onde o homem e a mulher, criados à sua imagem e
semelhança, pudessem da melhor maneira possível, exercitarem estes atributos. A
família é o lugar onde aprendemos a ser humanos e onde aperfeiçoamos a nossa
humanidade e quanto mais humanos, mais refletimos a nossa origem criatural em
Deus. O Criador desejou ainda que a família fosse o berço natural abençoado e protetor da vida, Embora sejamos contados em termos de bilhões, nenhum
outro grupo na face da terra sofre maior perseguição que os cristãos. Nem gays,
negros, judeus, ciganos ou qualquer outro grupo ideológico, étnico ou religioso
sofre tanta pressão e perseguição com tantas baixas de vidas como os cristãos.
Somente o Estado Islâmico e o Boko-Haram, sem falar da Al Caeda e a Coreia do
Note, são responsáveis diretos pela maior parte do sofrimento impingido aos
cristãos ao redor do mundo. Mas, numa Universidade Americana, por exemplo, se
um Judeu tem a sua história confrontada ou se um muçulmano vê questionada a sua
fé, o caso se torna um problema ético e político que extrapola as salas de
aulas e ganha as ruas, os telejornais e etc. Mas, todos os dias os cristãos
veem submetidas a críticas vexatórias por cientistas, intelectuais e
professores sua fé na criação, por exemplo. Quantos cristãos crianças e
adultos, não são humilhados e ridicularizados por crerem num Deus pessoal? Não
há como negar que muito desta indisposição e até desta perseguição tem um
porquê. São os reflexos de um tempo em que os cristãos confundiram o Reino de
Deus com os seus projetos políticos e econômicos. Vem de um tempo em que a
igreja deixou-se seduzir pelo poder e usou a sua instituição, os seus recursos
humanos e financeiros e ainda contou com a boa fé das culturas e povos
alcançados para explorar suas riquezas e em não poucos contextos submetê-los ao
julgo político e econômico de sua nação de origem. Nisso, com poucas variantes, católicos e protestantes
se assemelham. Todavia,
não podemos carregarpara sempre e nem
generalizar a atitude histórica de nossos antepassados apenas com base em
nossos pressupostos históricos, seria apenas moralismo barato. Contudo, os
cristãos desde as páginas do Novo Testamento, são chamados a entender o querer
de Deus atrás dos acontecimentos da história, quando estes são desfavoráveis e
hostis à igreja. Tertuliano cunhou a famosa frase: “O sangue de mártires é
semente de novos cristãos”. Tertuliano teria feito esta afirmação no contexto
de perseguição do Império Romano que jogava às feras os cristãos como sentença
para a sua fé e como diversão para os pagãos. Mas, são as grandes dimensões
pelas quais a igreja sempre entendeu os motivos de sua perseguição: 1.
Punição: A Igreja não descarta esta verdade. Quando ela mesma abre mão de sua
fidelidade, se deixa “amornar” em seu amor para com o Senhor. Quando ela
sacrifica no altar da fama e glória humana a fidelidade a Deus e se deixa
capitular pelos ídolos deste mundo, Deus envia seus ministros (agentes
históricos), para exercer o seu juízo sobre a igreja e seus atos que desagradam
o seu Senhor; 2. Purificação: Um tempo de perseguição e martírio também é um
tempo de purificação da Igreja. É um tempo de peneira, permanecem fiéis e
perseverantes, de fato e de verdade, somente aqueles que possuem maturidade
nascida de uma genuína experiência de salvação. Via de regra, os simplesmente
religiosos não suportam o carregar a cruz; 3. A perseguição é também uma
oportunidade: é um tempo para que a Igreja busque a Deus com mais intensidade,
leia as Escrituras com mais diligência, obedeça com mais prontidão e ministre
com amor serviçal e oblativo aos irmãos e aos homens e mulheres injustiçados do
mundo. Mas, não somente as igrejas submetidas às atrocidades mencionadas nos
jornais estão sendo punidas, purificadas e convidadas a um compromisso mais
intenso. Não. Toda a igreja e cada cristão em particular deve solidarizar-se,
comprometer-se em intercessões diárias, com amor defender a posição do
Evangelho no mundo, servir com mais ardor e estar sempre preparado para dar ás
razões da sua esperança (1Pe 3.15-16). Não nos deixemos acomodar pelas
facilidades de nosso país e de nossa sociedade, que por enquanto, nos garantem
liberdade de culto. Esta liberdade não é para nós, mas para que a usemos
denunciando o que acontece ao redor do mundo. Para estender as mãos à Igreja que sofre. Para fazer das
dores deles as nossas
dores. Ao mesmo tempo, temos uma dívida moral com eles. A perseverança deles deve ser um vigoroso chamado
para nosso maior compromisso com o Evangelho.
Embora sejamos contados em termos de bilhões, nenhum
outro grupo na face da terra sofre maior perseguição que os cristãos. Nem gays,
negros, judeus, ciganos ou qualquer outro grupo ideológico, étnico ou religioso
sofre tanta pressão e perseguição com tantas baixas de vidas como os cristãos.
Somente o Estado Islâmico e o Boko-Haram, sem falar da Al Caeda e a Coreia do
Note, são responsáveis diretos pela maior parte do sofrimento impingido aos
cristãos ao redor do mundo. Mas, numa Universidade Americana, por exemplo, se
um Judeu tem a sua história confrontada ou se um muçulmano vê questionada a sua
fé, o caso se torna um problema ético e político que extrapola as salas de
aulas e ganha as ruas, os telejornais e etc. Mas, todos os dias os cristãos
veem submetidas a críticas vexatórias por cientistas, intelectuais e
professores sua fé na criação, por exemplo. Quantos cristãos crianças e
adultos, não são humilhados e ridicularizados por crerem num Deus pessoal? Não
há como negar que muito desta indisposição e até desta perseguição tem um
porquê. São os reflexos de um tempo em que os cristãos confundiram o Reino de
Deus com os seus projetos políticos e econômicos. Vem de um tempo em que a
igreja deixou-se seduzir pelo poder e usou a sua instituição, os seus recursos
humanos e financeiros e ainda contou com a boa fé das culturas e povos
alcançados para explorar suas riquezas e em não poucos contextos submetê-los ao
julgo político e econômico de sua nação de origem. Nisso, com poucas variantes, católicos e protestantes
se assemelham. Todavia,
não podemos carregarpara sempre e nem
generalizar a atitude histórica de nossos antepassados apenas com base em
nossos pressupostos históricos, seria apenas moralismo barato. Contudo, os
cristãos desde as páginas do Novo Testamento, são chamados a entender o querer
de Deus atrás dos acontecimentos da história, quando estes são desfavoráveis e
hostis à igreja. Tertuliano cunhou a famosa frase: “O sangue de mártires é
semente de novos cristãos”. Tertuliano teria feito esta afirmação no contexto
de perseguição do Império Romano que jogava às feras os cristãos como sentença
para a sua fé e como diversão para os pagãos. Mas, são as grandes dimensões
pelas quais a igreja sempre entendeu os motivos de sua perseguição: 1.
Punição: A Igreja não descarta esta verdade. Quando ela mesma abre mão de sua
fidelidade, se deixa “amornar” em seu amor para com o Senhor. Quando ela
sacrifica no altar da fama e glória humana a fidelidade a Deus e se deixa
capitular pelos ídolos deste mundo, Deus envia seus ministros (agentes
históricos), para exercer o seu juízo sobre a igreja e seus atos que desagradam
o seu Senhor; 2. Purificação: Um tempo de perseguição e martírio também é um
tempo de purificação da Igreja. É um tempo de peneira, permanecem fiéis e
perseverantes, de fato e de verdade, somente aqueles que possuem maturidade
nascida de uma genuína experiência de salvação. Via de regra, os simplesmente
religiosos não suportam o carregar a cruz; 3. A perseguição é também uma
oportunidade: é um tempo para que a Igreja busque a Deus com mais intensidade,
leia as Escrituras com mais diligência, obedeça com mais prontidão e ministre
com amor serviçal e oblativo aos irmãos e aos homens e mulheres injustiçados do
mundo. Mas, não somente as igrejas submetidas às atrocidades mencionadas nos
jornais estão sendo punidas, purificadas e convidadas a um compromisso mais
intenso. Não. Toda a igreja e cada cristão em particular deve solidarizar-se,
comprometer-se em intercessões diárias, com amor defender a posição do
Evangelho no mundo, servir com mais ardor e estar sempre preparado para dar ás
razões da sua esperança (1Pe 3.15-16). Não nos deixemos acomodar pelas
facilidades de nosso país e de nossa sociedade, que por enquanto, nos garantem
liberdade de culto. Esta liberdade não é para nós, mas para que a usemos
denunciando o que acontece ao redor do mundo. Para estender as mãos à Igreja que sofre. Para fazer das
dores deles as nossas
dores. Ao mesmo tempo, temos uma dívida moral com eles. A perseverança deles deve ser um vigoroso chamado
para nosso maior compromisso com o Evangelho.