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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

MENSAGEM PASTORAL


495 anos da Reforma Protestante: Os Puritanos.

 “Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem.” (2Tm 2.19 ARA).

Outubro é tradicionalmente o mês dedicado às comemorações do Dia da Reforma Protestante. Na verdade, o dia 31 de outubro marca o estágio de amadurecimento de um espírito surgido no seio da “Igreja Única”, cujos nomes podem ser aqui declinados: Pedro Valdo, Bernardo de Claraval, Francisco de Assis, Jassen, Savanarolla, Huss, Wicliff e etc. Luthero, na verdade, é um rebento, como disse, amadurecido, pronto pra eclodir o desejo de Reforma da Igreja, por uma volta ao cristianismo puro e simples. Uma volta ao Evangelho vivo, uma redescoberta das Escrituras como palavra de Deus, única autoridade inerrante e infalível em matéria de fé e moral. É verdade que já exploramos em outras ocasiões como esta os outros desdobramentos da Reforma para além do âmbito eclesial e religioso. Vimos toda a contribuição dos reformadores nos campos da educação, política, desenvolvimento das artes e das ciências e por aí vai. Nomes como Comenius, Calvino, J. Sebastian Bach, Newton, S. kiegaard, e etc. orgulham as nossas fileiras. Este ano queremos homenagear outro grupo de homens, à vezes, mal compreendidos até mesmo nos círculos evangélicos. Homens que continuaram e aprofundaram o lema da Reforma: “Igreja Reformada sempre se reformando.” Falamos dos Puritanos. No princípio este título não era nada honroso. Pelo contrário era um estigma social e religioso, algo muito parecido com é usada expressão “fariseu” nos dias de hoje. Certamente houve quem exagerasse em seu zelo e disciplina no século XVII entre estes homens. Certamente deve ter havido entre eles quem não vivesse bem a sua própria fé e ética. Contudo, nada apaga a imensa contribuição dos puritanos para a Reforma e para a sociedade em geral. Os puritanos eram homens, em sua maioria, escoceses e ingleses. Dissidentes, também em sua maioria da Igreja Anglicana, letrados, bem educados, em sua maioria de situação econômica estável epolitizados. Eram contra o absolutismo monárquico, aspiravam um sistema de governo democrático para a sociedade e para a Igreja. Muitos se fizeram presbiterianos e congressionais. Amavam e defendiam a santidade de Deus e a própria. Eram escrupulosos em investigar a própria alma e consciência para encontrar nela algo que desagradasse a Deus. Eram assíduos leitores, estudantes e ouvintes das Escrituras. Amavam o sermão expositivo e experiencial da Bíblia e praticavam uma religião de experiências da união vital com o Senhor Jesus e da aplicação concreta dos preceitos Bíblicos. Os puritanos tinham em alta conta o trabalho, a família, a sacralidade do matrimônio e a santidade da vida humana. Cultivavam relacionamentos e amizades castos, levavam vida frugal, não triste ou avarenta. Se interessavam e participavam da arena política e investiam em pesquisa, ciência e em educação. Seu desejo de liberdade religiosa e política levou-os a colonizar a América do Norte e a fundarem os Estados Unidos. Os próprios norte-americanos reconhecem que na gênese de seu país está uma revolução puritana ou como dizem também, presbiteriana. Homens da estirpe de: J. Owen, Thomas Watson, Willian Ames, Richard Baxter, J. Bunyan, willian Perkins, j. Flavel e Thomas Goodwin lutaram heroicamente pela purificação da Igreja e pela pureza de vida dos homens da Inglaterra. Por quase 200 anos, nos Estados Unidos da América, os nomes de Richard Mather, John Cotton, Cotton Mather, Thomas Hooker, Willian Bradford, John Elliot e J. Edward, exerceram verdadeira autoridade e modelaram a cultura daquele imenso país. Ao homenagearmos este importante e lindo capítulo de nossa história protestante queremos pedir a Deus que a vida destes santos do passado nos inspire também na busca de santidade, pureza e compromisso de transformação do mundo, da sociedade, da cultura e etc. pelos altíssimos padrões das Escrituras. Não se trata de saudosismo, muito menos de um arqueologismo descompassado com o contemporâneo. Cabe-nos, com humildade no tempo que se chama HOJE, termos nós também a coragem de desfraldar a bandeira de tudo o que é digno de um Deus tremendamente SANTO. Talvez, seria melhor nos convencermos disso lendo Fp 4.8,9. Boa leitura e que Deus lhe dê santas aspirações.

Reverendo Luiz Fernando
Pastor Mestre da IPCI

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