A Páscoa do Mundo
“A morte foi absorvida na vitória. Morte onde está a tua vitória? Morte, onde está o teu aguilhão? Graças se rendam a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.” (1Co 15.55.57 BJ).
Celebremos hoje a Páscoa da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, o maior e mais importante evento do cristianismo. Paulo chega mesmo a afirmar que se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa esperança (1Co 15.14). A Páscoa é uma celebração cujas raízes estão no Antigo Testamento, faz parte da identidade etno-religiosa dos judeus e à luz do Novo Testamento compreendemos que sua celebração era uma mostra, um sinal, uma tipologia daquilo que Deus realizaria de modo definitivo em Jesus Cristo. A palavra Páscoa, derivada do termo hebraico PESSAH significa passagem. Foi a passagem de Deus por meio do Egito libertando Israel da escravidão e da opressão. A Páscoa, neste evento Bíblico, além do aspecto religioso, possui também contornos políticos, ideológicos e sociais. Israel era um povo culturalmente oprimido, politicamente subjugado e socialmente alienado e pobre. Deus ouviu o clamor de seu povo e a injustiça de um Faraó déspota e desapiedado. Deus então toma partido, opta por ficar do lado do marginalizado, do escravizado, do pobre e do oprimido. Deus “desce” se compromete com Israel por meio de Moisés e Aarão e providencia a sua libertação transformadora. No deserto, em meio a muitas provações, um povo ganha identidade, Leis claras, justas e fraternas, onde mesmo o estrangeiro seria respeitado e acolhido com dignidade sem o perigo de correr a mesma sorte que os Israelitas no Egito. Agora, em parceria com o seu Libertador, os judeus se tornam construtores de seu próprio futuro, são, ao lado do Senhor, protagonistas de sua própria história. A Páscoa de Jesus Cristo tem um caráter eminentemente espiritual e mais profundo, tocando assim o âmago da existência humana. A opressão de que fomos libertos na Páscoa de Cristo é aquela incontavelmente mais nefasta para a nossa vida, era a opressão de Satanás, do pecado e da morte. Também nós éramos um não-povo (Ef 2.12), sem identidade, sem Lei, sem cidadania plena. Vagávamos pelo mundo mortos em nossos pecados e delitos (Ef 2.1), como indigentes, mendigávamos qualquer migalha de felicidade aprofundando assim a nossa infelicidade e a nossa condição de escravos das paixões desnorteadas que guerreavam em nossos corações (Ef 2.3). Deus que é rico em misericórdia e conhecendo o nosso sofrimento e a nossa completa e radical incapacidade de nos livrarmos dele, providenciou-nos um libertador em tudo superior a Moisés, uma vez que nosso opressor em tudo era maisReverendo Luiz Fernando
Pastor Mestre da IPCI
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