Regador
Domingo, 05 de junho
de 2016 – Tempo Ordinário – Lc 8. 4-15
I – Puxando pela memória: Entramos no ciclo de ensinamentos e
milagres mais intensos no ministério de Jesus Cristo no território da Galileia.
Geralmente os evangelistas unem à Palavra o milagre para dar autoridade
messiânica ao ministério de Jesus Cristo. No ensino do Senhor as parábolas
ocupam uma função pedagógica muito importante. “Parábola” é o equivalente do
hebraico ‘mashal’ que literalmente significa ‘comparação’, ou seja, uma figura,
analogia ou dito que instrui e comunica sabedoria ou entendimento. A maioria
das parábolas de Jesus é ilustrativa, mas elas também contêm uma ambiguidade
intrínseca, de modo que somente um relacionamento verdadeiro com Jesus pode
fornecer a chave para as interpretações corretas. As parábolas eram uma maneira
de forçar as pessoas a considerar atentamente o que Jesus estava dizendo. Para
entender a cena criada por Jesus precisamos saber que a agricultura naqueles
dias apresentava técnicas muito rudimentares e possivelmente para não todas as
culturas havia o costume do preparo do solo com a aragem. Esse para ser o caso.
Não que o semeador fosse descuidado, mas talvez uma prática muito parecida com
o que existe hoje em alguns tipos de cultivo orgânico com uma interferência
mínima do homem sobre a natureza. O que
está em jogo aqui é como a Palavra deve ser acolhida, como devemos responder à
Palavra semeada no solo de nossos corações. A parábola é autoexplicativa,
todavia há algumas lições para a nossa edificação nessa noite. 1.
Em nossa cultura barulhenta e dispersiva, ouvir e acolher a Palavra de Deus se
torna um desafio para a fé. A vida só se transforma essencialmente na acolhida
da Palavra de Deus em nossos corações. Aqui, precisamos redescobrir o lugar da
meditação, da consideração atenta das Escrituras e fugir o quanto possível de
uma leitura mecânica, instrumental e meramente intelectual; 2.
Somente com a indispensável iluminação do Espírito Santo é que podemos chegar a
um conhecimento proveitoso e transformador das Escrituras; 3. Em nossa relação com a
Palavra precisamos de disposições espirituais e intelectuais disciplinadas como
a perseverança, a prática, a experiência e a verificação dos frutos; 4.
Dar a primazia à Palavra de Deus sobre todas as demandas da vida (Sl 1). No
coração onde a Palavra de Deus está entronizada e a tudo governa há a verdadeira
vida.
II – Provocando: Você é disciplinado em sua leitura e meditação das
Escrituras que chega mesmo a fazer desse momento o ponto alto do seu dia? Em
que medida a meditação e o acolhimento diário da Palavra de Deus influencia
todas as suas decisões?
III – Bebendo na fonte: Leia o Catecismo Maior perguntas 3 a 5 e
160 e o Breve Catecismo pergunta 90 e fale e do seu entendimento sobre o que é
a Bíblia e o como ela se articula com a nossa fé.
IV – Leituras Bíblica: Seg.:
2 Tm 3.16; Ter.: 2 Pe 1. 19,21;
Qua.:
Lc 16. 29 -31; Qui.: Sl 12.6; Sex.: At 18.28; Sáb.: Jo 16.13,14.
V – Hinos: Seg.: HNC 369; Ter.:
HNC 370; Qua.: HNC 371; Qui.: HNC 372; Sex.: HNC 305; Sáb.:
HNC 351.
VI – Literatura sugerida: “Lendo
a Bíblia com os Reformadores”. Ed. Cultura Cristã.
Oração:
“Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, Palavra Viva e Verbo Encarnado,
dá-nos do Teu Puro e luminoso Espírito para que a Tua Palavra Escrita se una à
nossa mente e se apegue ao nosso coração para formar em nós a substância do
Verbo da Vida, que é Teu Cristo cuja glória e o poder se manifesta na Igreja e
no mundo. Amém”. (Antiga
oração dos cristãos da Igreja Oriental, séc. III – Coleção a Oração dos Pobres.
Ed. Paulinas).
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