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sábado, 4 de junho de 2016

REGADOR

Regador
Domingo, 05 de junho de 2016 – Tempo Ordinário – Lc 8. 4-15

I – Puxando pela memória: Entramos no ciclo de ensinamentos e milagres mais intensos no ministério de Jesus Cristo no território da Galileia. Geralmente os evangelistas unem à Palavra o milagre para dar autoridade messiânica ao ministério de Jesus Cristo. No ensino do Senhor as parábolas ocupam uma função pedagógica muito importante. “Parábola” é o equivalente do hebraico ‘mashal’ que literalmente significa ‘comparação’, ou seja, uma figura, analogia ou dito que instrui e comunica sabedoria ou entendimento. A maioria das parábolas de Jesus é ilustrativa, mas elas também contêm uma ambiguidade intrínseca, de modo que somente um relacionamento verdadeiro com Jesus pode fornecer a chave para as interpretações corretas. As parábolas eram uma maneira de forçar as pessoas a considerar atentamente o que Jesus estava dizendo. Para entender a cena criada por Jesus precisamos saber que a agricultura naqueles dias apresentava técnicas muito rudimentares e possivelmente para não todas as culturas havia o costume do preparo do solo com a aragem. Esse para ser o caso. Não que o semeador fosse descuidado, mas talvez uma prática muito parecida com o que existe hoje em alguns tipos de cultivo orgânico com uma interferência mínima do homem sobre a natureza.  O que está em jogo aqui é como a Palavra deve ser acolhida, como devemos responder à Palavra semeada no solo de nossos corações. A parábola é autoexplicativa, todavia há algumas lições para a nossa edificação nessa noite. 1. Em nossa cultura barulhenta e dispersiva, ouvir e acolher a Palavra de Deus se torna um desafio para a fé. A vida só se transforma essencialmente na acolhida da Palavra de Deus em nossos corações. Aqui, precisamos redescobrir o lugar da meditação, da consideração atenta das Escrituras e fugir o quanto possível de uma leitura mecânica, instrumental e meramente intelectual; 2. Somente com a indispensável iluminação do Espírito Santo é que podemos chegar a um conhecimento proveitoso e transformador das Escrituras; 3. Em nossa relação com a Palavra precisamos de disposições espirituais e intelectuais disciplinadas como a perseverança, a prática, a experiência e a verificação dos frutos; 4. Dar a primazia à Palavra de Deus sobre todas as demandas da vida (Sl 1). No coração onde a Palavra de Deus está entronizada e a tudo governa há a verdadeira vida.

II – Provocando: Você é disciplinado em sua leitura e meditação das Escrituras que chega mesmo a fazer desse momento o ponto alto do seu dia? Em que medida a meditação e o acolhimento diário da Palavra de Deus influencia todas as suas decisões?

III – Bebendo na fonte: Leia o Catecismo Maior perguntas 3 a 5 e 160 e o Breve Catecismo pergunta 90 e fale e do seu entendimento sobre o que é a Bíblia e o como ela se articula com a nossa fé.

IV – Leituras Bíblica: Seg.: 2 Tm 3.16; Ter.: 2 Pe 1. 19,21; Qua.: Lc 16. 29 -31; Qui.: Sl 12.6; Sex.: At 18.28; Sáb.: Jo 16.13,14.

V – Hinos: Seg.: HNC 369; Ter.: HNC 370; Qua.: HNC 371; Qui.: HNC 372; Sex.: HNC 305; Sáb.: HNC 351.

VI – Literatura sugerida:Lendo a Bíblia com os Reformadores”. Ed. Cultura Cristã.

Oração:

Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, Palavra Viva e Verbo Encarnado, dá-nos do Teu Puro e luminoso Espírito para que a Tua Palavra Escrita se una à nossa mente e se apegue ao nosso coração para formar em nós a substância do Verbo da Vida, que é Teu Cristo cuja glória e o poder se manifesta na Igreja e no mundo. Amém”. (Antiga oração dos cristãos da Igreja Oriental, séc. III – Coleção a Oração dos Pobres. Ed. Paulinas).

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