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sábado, 27 de fevereiro de 2016

BIOGRAFIA MISSIONÁRIA

Biografia Missionária 
N° 13 -Fevereiro de 2016
Mabel Francis
A maior parte da vida de Mabel Francis foi passada na obscuridade. Seu trabalho missionário no Japão parecia totalmente irrelevante, sem milhares de dólares dos quais prestar contas. Mas, no fim de seu mandato de cinquenta e seis anos de missão no Japão, ela era a “cidadã” estrangeira mais celebrada no país.

Mabel nasceu em 1880 e cresceu em New Hampshire. Após a morte prematura do jovem que esperava desposar, ela tornou-se evangelista itinerante e pregadora de rua. A seguir, aos 19 anos, ela sentiu que Deus a chamava para ser missionária no Japão, onde, dez anos depois, em 1909, iniciou seu ministério com a Aliança Cristã e Missionária. Em 1913, o irmão juntou-se a ela nesse trabalho, e juntos plantaram vinte igrejas. Em 1922, sua irmã viúva, Anne, também se juntou a ela, e Anne e Mabel passaram boa parte dos quarenta anos seguintes juntas, com Mabel fazendo evangelismo e Anne ensinando.
Na década de 1930, durante a Grande Depressão, a Aliança, sem fundos, chamou seus missionários do Japão. Todavia, ao contrário de seus colegas, as irmãs recusaram-se a voltar para casa. A necessidade do Japão era muito grande para que elas abandonassem seu trabalho. O dinheiro dos sustentadores da terra natal pingava, mas a vida estava muito difícil e Mabel conduzia seu alcance evangelístico de bicicleta, embora com frequência pensasse em como seria bom se houvesse homens para fazer o trabalho: “Ó Senhor, onde estão os homens que deviam estar pedalando essas bicicletas para cima e para baixo nessas trilhas?”
Francis, embora nunca tenha sido treinada em comunicação transcultural, conquistou o coração dos japoneses que conheceu. Uma das japonesas convertidas ainda mocinha ficara intrigada com essa estrangeira e perguntou a uma amiga quem era aquela mulher que andava de bicicleta – aquela mulher que estava sempre sorrindo.
Francis era aberta e honesta a respeito de suas próprias lutas – em especial seu desejo de organizar e planejar o ministério em uma cultura que não era a dela. Ela escreve a respeito de um incidente que revela sua seriedade bem como seu senso de humor: “Por exemplo, em um de nossos grupos temos um japonês de idade avançada que foi maravilhosamente salvo e ele levanta-se e dá longos testemunhos exaltando o Senhor. Mas ele perdeu os dentes e não consegue falar com clareza. Ninguém consegue entendê-lo muito bem. Costumava assentar-me lá e orar: “Senhor, pare-o! Ele está estragando a reunião. Tudo vai desmoronar aqui”. Assim, certa noite, o Senhor falou comigo e disse: “Posso abençoar agora mesmo aquele homem idoso, pois ele está lá de pé tentando me glorificar, mas você me incomoda, sentando-se aqui e martirizando-se com isso”. Ó, como fiquei envergonhada do espírito que tinha! E vi isso. E essa foi a maneira de Deus tirar o espírito de tormento da minha vida. Apenas entreguei-o para ele”.
Em 1962, o imperador homenageou Mabel Francis com a mais alta honra civil do Japão, a membresia na exclusiva Quinta Ordem do Tesouro Sagrado. Essa foi uma das muitas maneiras como ela foi destacada por seu sacrifício pelo bem estar do povo japonês em sua angústia e confusão no momento da derrota deles. Depois de uma licença nos Estados Unidos, Mabel retornou ao Japão para continuar seu ministério. Ela estava com 83 anos.

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