LITURGIA DO CULTO
19 DE ABRIL DE 2015.
Estritamente falando a páscoa não é uma festa cristã. É uma ordenação
bíblica para os judeus, um memorial perpétuo para o povo da antiga aliança dos
eventos operados por Deus em sua
libertação do Egito (Ex 12.17.42). Contudo, os cristãos desde muito cedo
passaram a observar esta festa desde uma perspectiva da cruz de Cristo e sua
gloriosa ressurreição. Cristãos de origem judaica, orientais e gregos
grosso modo e os latinos, divergiram desde os inicios da igreja quanto a
maneira de celebrar, a data mais propícia e a sua pertinência e validade
espiritual para os crentes. É fato inegável que existem registros históricos
antiquíssimos como exemplo a peregrinação de Etéria (Egéria) e a conhecida
controvérsia ‘quartodecimiana’: “Na era apostólica (durante a vida ou
imediatamente após a morte dos apóstolos), a Páscoa era sempre celebrada no
meio do mês judaico de Nisan. Por volta da metade do século II dC, a prática na
província romana da Ásia era pelo jejum pré-Páscoa terminar na véspera do décimo-quarto dia de Nisan, o dia em
que o sacrifício da Pessach já teria
sido feito quando o Segundo Templo ainda existia e ‘o dia em que as pessoas se
livravam do fermento’ (os Judeus, os judeus prosélitos e os judeus cristãos).
14 de Nisan em si era regularmente, ainda que de forma confusa, também chamado
de Pessach. Tecnicamente, ele é o
dia da preparação para o festival de sete dias do ‘pão sem fermento’, que
começa em 15 de Nisan, hoje em dia também chamado de Pessach. O costume asiático ficou conhecido como Quartodecimanismo entre os ocidentais
latinos. Melito de Sardes foi talvez o mais notável dos quartodecimanistas. A
prática em outros lugares era continuar o jejum até a véspera do domingo
seguinte, enquanto que a quartodecimana permitia que a festa - sempre em 14 de
Nisan - poderia cair em qualquer dia da semana. Fora da Ásia romana, os
cristãos desejavam associar a Páscoa ao domingo, o dia em que Jesus ressuscitou da morte segundo os Evangelhos, e que já havia muito era considerado dia festivo pela
A
Ressurreição de Cristo é a verdade que sustenta a fé cristã. Sem a ressurreição
o cristianismo ainda seria a mais nobre e elevada verdade. Possuiria o mais
elevado padrão ético e moral. Consistiria na filosofia mais coerente e
consistente. Seria o sistema de vida mais organizado e sensato a existir. Mas,
não passaria disso mesmo, uma instituição humana para esta vida, para este
mundo e que no final das contas, padeceria do mesmo mal que todos os outros
sistemas filosóficos e religiosos já existentes, reformaria o homem por fora e
dependeria apenas e tão somente da boa vontade deste mesmo homem para dar certo.
Mas, graças a Deus que o cristianismo é mais e melhor do que eu disse acima. A
pedra fundamental da fé cristã é a ressurreição de Jesus Cristo dentre os
mortos. Mas, não é só isso que já é maravilhoso e fantástico. Não, mas
a motivação e o resultado desta morte e ressurreição que nos interessa e o que
faz dela o que realmente é imprescindível à fé cristã. A morte de Jesus
não é uma tragédia do acaso. Não é a morte de um agitador social. Não morreu
por protestar contra as injustiças políticas e econômicas de Roma. Jesus não
morre como vítima de uma conspiração política de quem o temia como um
adversário ou feroz opositor. Jesus morre inocente no lugar de injustos e
malfeitores. Santíssimo, Jesus morre no lugar de pecadores abjetos e
inveterados. Jesus morreu não numa atitude de aceitação pacífica de um
plano estabelecido por seu Pai e ponto final. O incrível é que Jesus escolheu morrer em nosso
lugar. Mais até, quis morrer por nós e para vindicar e tributar justiça e
glória ao seu amoroso Pai. Jesus desejou ardentemente esta Páscoa, a fim de
ajustar as contas entre os filhos de Adão e