Ano Novo
“Todavia, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova
terra, onde habita a justiça” (2 Pe 3.13).
Pela Graça de Deus recebemos mais
um ano novinho em folha. E o que tem de novo o ano de 2014? Além,
evidentemente, das misericórdias de Deus que se renovam a cada manhã, as nossas
atitudes deverão ser novas, diferentes do que sempre foram. Lógico, para nós
cristãos ocidentais a data de 2014 é puramente convencional. Os judeus,
chineses e muçulmanos, por exemplo, celebram em outra data outro ano novo, pois
é diferente a sua contagem do tempo.
Para nós, Cristo é o grande divisor de águas
do tempo e da existência. A partir dele não só contamos a passagem dos anos,
mas fundamentalmente o sentido de nossa própria existência. Há um ‘antes’ e um
‘depois’ de Cristo na história daqueles que foram por Ele recebidos por Graça
em seu Reino Eterno. Entretanto, apesar do “convencional” ano novo, a
nossa atitude frente a ele não precisa ser “convencional”, mas pode e deve ser
bíblica. ‘Quem está em Cristo é nova criatura, as coisas velhas passaram e se
faz uma realidade nova’, ensina o Apóstolo Paulo, em 2 Co 5.17. É nesta
novidade de vida que devemos desejar andar.
Contudo, estas atitudes novas nós já as conhecemos, apenas precisamos
relembrá-las e colocá-las em prática:
1.
“
Portanto, enquanto temos oportunidade,
façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé” (Gl 6.10). Não
desperdicemos o nosso tempo com frivolidades, com intrigas e dissenções. Vejamos as ocasiões da vida como maravilhosas
oportunidades para colocar em prática o mandamento do amor ao próximo. Não
deixemos que nossas diferenças e nossas rivalidades no campo ideológico,
político ou religioso nos impeçam
de fazer o bem que nossos semelhantes precisam receber. Isto vale especialmente
para todos aqueles que exercem autoridade sobre os outros.
2. “
Se pecar contra você sete vezes no dia, e sete vezes voltar a você e
disser: ‘Estou arrependido’, perdoe-lhe" (Lc 17.4). Cultive uma
cultura do perdão e da reconciliação. Espalhe um estilo de vida que favoreça a
paz, a concórdia e a superação de distância entre as pessoas. Há uma bênção
especial para aquele que promove a paz:
“
Bem-aventurados os pacificadores,
pois serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9). Não permita que um ranço de
azedume se instale entre as suas relações: “
Cuidem
que ninguém se exclua da graça de Deus. Que nenhuma raiz de amargura brote e
cause perturbação, contaminando a muitos” (Hb 12.15), libere e peça perdão
sempre “
Façam todo o possível para viver
em paz com todos” (Rm 12.18).
3.
Seja generoso, liberal. Esforce-se para que outras pessoas participem efetivamente
de suas bênçãos alcançadas: “
Lembrem-se:
aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura,
também colherá fartamente. Cada um dê conforme determinou em seu coração, não
com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria. E Deus é
poderoso para fazer que lhes seja acrescentada toda a graça, para que em todas
as coisas, em todo o tempo, tendo tudo o que é necessário, vocês transbordem em
toda boa obra. Como está escrito: ‘Distribuiu, deu os seus bens aos necessitados;
a sua justiça dura para sempre’. Aquele que supre a semente ao que semeia e o
pão ao que come, também lhes suprirá e aumentará a semente e fará crescer os
frutos da sua justiça. Vocês serão enriquecidos de todas as formas, para que
possam ser generosos em qualquer ocasião e, por nosso intermédio, a sua
generosidade resulte em ação de graças a Deus” (2 Co 9.6-11).
Não
deixe que seu coração se torne duro, fechado, insensível.
4. Finalmente, coloque a santidade como
um programa de vida, como um projeto existencial, como um estilo de vida: “
Porque
Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade” (1 Tess 4.7), “
Esforcem-se para viver em paz com todos e
para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14), “
Cada um saiba controlar o próprio corpo de
maneira santa e honrosa” (1 Tess 4.4),
“
Amados, visto que temos essas
promessas, purifiquemo-nos de tudo o que contamina o corpo e o espírito,
aperfeiçoando a santidade no temor de Deus” (2 Co 7.1). Leve muito a sério
a sua vocação à santidade. É a única opção líquida e certa para que 2014 seja o
ano mais feliz de sua vida. Um feliz e santo ano novo para todos nós!
Reverendo Luiz Fernando - Pastor Mestre da IPCI