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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

MENSAGEM PASTORAL

Missão Jerusalém: “Ide a aqui!”
“Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém...” (At 1. 8).
A expressão “Ide a aqui” pode parecer meio estranha e até provocar alguma confusão, mas ela é tremendamente importante para a consciência e a mobilização missionária de nossa Igreja. A Grande Comissão do livro de Atos dos Apóstolos apresenta o desenvolvimento didático da Grande Comissão de Mateus com o “Ide a todas as nações” (Mt 28.20) ou o “mundo todo” de Marcos 16. 15. Toda caminhada começa com o primeiro passo e em se tratando de missões, este passo a ser dado é em nossa Jerusalém. A luz que não brilhar por aqui não iluminará lá longe! A preocupação com a Missão Transcultural e o nosso efetivo envolvimento nela é mais do que legítimo, é também urgente e uma tarefa inacabada e intransferível da Igreja. Mas, há uma outra verdade que não pode ser ignorada, antes de chegarmos aos confins da terra não podemos deixar de fazer a nossa lição de casa em Jerusalém. As missões são realizadas em círculos centrípetos, de dentro para fora, até alcançarmos o maior número possível, e, o primeiro círculo a ser alcançado nos limites de nossa Jerusalém é o do casamento. Nossa missão primeira é o da vivência da Aliança matrimonial em regime de santificação, pureza, entrega da vida, cuidado mútuo, amor e serviço à vida. O casamento também supõe vocação, um chamado específico para servir a Deus como esposo e esposa. Supõe um comissionamento: “crescei-vos, multiplicai-vos, enchei a terra e dominai-a.” Tudo isso tornando uma só carne na sacralidade e indissolubilidade do casamento. Para vencer as muitas tentações e ataques do inimigo, o “casal-missionário” também precisa de preparo especial, vida de oração e consagração, poder do alto. Com o casamento vem o segundo círculo da missão Jerusalém: A família com a geração, cuidado, educação e encaminhamento dos filhos para a vida. Os pais são primeiros e mais fundamentais missionários e catequistas para os seus filhos, levando-os ao conhecimento do Senhor pela vivência alegre e generosa do pacto, com vida devocional frequente, educando-os mais pelo exemplo do que por Palavras, ainda que estas também sejam imprescindíveis. A família deve ser um celeiro de futuros missionários, um instituto de formação de embaixadores do Reino, uma escola de Missões. Os pais têm a dramática responsabilidade de desafiarem os filhos para o serviço de Deus seja através de uma consciência profissional como vocação, seja para o engajamento missionário indo aos confins da terra. Mas, de que adiantaria o engajamento na igreja, nos ministérios, nas sociedades domésticas, ou mesmo a disposição para sair em missão, se o dever de casa, na família, não é realizado? Se os cônjuges não são carinhosos, compreensivos, amorosos, dialogantes, cuidadores? De que adianta o efetivo engajamento nas atividades da Igreja se os pais não são diligentes pastores do lar e não alimentam os filhos na Palavra de Deus? Não haverá muito poder se os filhos como evidência da graça não forem obedientes e amorosos com os seus pais. Devemos e podemos orar e sonhar com as missões entre os não alcançados, porém, nunca antes de fazer tudo o que estiver em nosso poder para viver bem o nosso chamado à santidade e brilhar como luzeiros em nossa seara primeira que é a família. Nossa Jerusalém começa em casa. Depois, não menos importante, é o nosso compromisso pactual com a família da fé, a Igreja. A comunhão dos santos deve ser uma extensão potencializada e ampliada de nossa casa. Nossa Igreja deve ser a expressão do ajuntamento de muitas igrejas domésticas e por isso o engajamento voluntário, dedicado e amoroso com a nossa comunidade local é tão importante. Nossa Jerusalém também é nossa igreja. Nossa presença na EBD e nos cultos, nossa obediência e pontualidade nos dízimos, nossa disposição para servir nos inúmeros ministérios, departamentos e sociedades. Nosso zelo na intercessão pelos irmãos, oficiais e necessidades da Igreja, tudo isso faz parte integrante e indispensável de nossa obediência à Grande Comissão. Os primeiros lugares para onde fomos enviados por Cristo: A Família e a Igreja local. Aqui começa para nós os confins da terra!                                                                            
 Reverendo Luiz Fernando
                                                                                                                                                                                                  Pastor da IPCI

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