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segunda-feira, 25 de julho de 2011

MENSAGEM PASTORAL

Sinagoga de Satanás
“Veja o que farei com aqueles que são sinagoga de Satanás e que se dizem judeus e não são, mas são mentirosos.” (Ap 3. 9).

No final do primeiro século, por meio de uma visão concedida ao apostolo e evangelista João, o Senhor Jesus enviou cartas às sete Igrejas mais proeminentes da Ásia Menor. Estas Igrejas vivem em contextos hostis ao Evangelho e aos Cristãos: perseguição sistemática, marginalização e exclusão social, pobreza, infiltração de toda sorte de maquinações satânicas por meio de heresias, falsas doutrinas e falsos mestres. O martírio fazia parte do cotidiano daquelas igrejas e a apostasia, infelizmente também. Em suas sete cartas ditadas a João, Jesus Cristo tem o desejo, na função de supremo pastor da Igreja, de encorajar, desafiar, ameaçar, corrigir, purificar e prometer galardão à Igreja e aos cristãos. Das sete Igrejas, apenas uma delas, a de Filadélfia, não recebe nenhuma repreensão de Jesus. Isto não quer dizer que esta comunidade não passasse por turbulências ou que não tivesse problemas, longe disso naqueles dias de Nero. Havia no seio da igreja um grupo de crentes que se faziam passar por pessoas piedosas, alguns possivelmente exerciam até mesmo algum tipo de liderança, mas a sua influência não era benfazeja, punham em perigo constate a frágil paz da Igreja por meio de uma vida dissonante do padrão exigido por Cristo de seus discípulos. Esta colocação de Jesus alcança também os nossos dias e precisamos estar vigilantes para que não nos afastemos a tal ponto dos essenciais do Evangelho que já não sejamos mais reconhecidos pelos homens como a Noiva do Cordeiro, mas como Sinagoga de Satanás, isto é, reunião ou ajuntamento do que é influenciado ou próprio do inimigo. Que sintomas ou sinais costumam nos avisar de que este perigo pode estar rondando a nossa vida comunitária? Passo a elencar alguns deles para a sua avaliação: 1. Quando a vontade pirracenta e caprichosa do homem sobrepuja a boa e santa vontade de Deus. Quando fazer as coisas do meu jeito se torna mais importante do que  consultar o Senhor quanto a validade dos desejos do meu coração (Jr 17.9). 2. Quando o “EU” ocupa o centro das decisões. É a egolatria. Eu faço, eu fiz, eu sou, eu aconteço, eu tenho a última palavra, eu digo o que e quando quero. A egolatria está na raiz do pecado de Adão e da mentira da antiga serpente: “Sereis como deuses” (Gn 3.5). 3. Quando os costumes e as simples convenções humanas ganham peso de eternidade. Quando canonizamos usos, costumes e metodologias e sacrificamos no altar dessas coisas o amor casto e fraterno. 4. Quando queremos fazer só porque os outros fazem. Deus criou Israel, Deus criou os filisteus. Deus elegeu Israel para a sua glória. Deus estabeleceu outro fim para o cainanitas. Desejar imitar o que os outros fazem é voltar ás costas para a genuinidade de nossa vocação, deixar de imitar o criador e imitar a criatura. (1Sm 8.4.7). 5. Quando a igreja se mundaniza e a vaidade se inflama e a reivindicação de poder e autoridade não é para servir em humildade e amor, mas para demonstrar força e influência. (Mt 20.26). 6. Quando o consenso vence o bom senso, quando os princípios são sacrificados e a verdade é solapada para se negociar a paz. Todas estas situações têm uma fonte comum: O esvaziamento da Palavra de Deus, como uma palavra de Poder e de Autoridade. Este esvaziamento começa quando a vida devocional é relaxada, descuidada, superficial. Quando o ativismo engole a contemplação. Quando as reuniões, os seminários, os congressos se agigantam e comprometem a nossa agenda e nos sobra pouco tempo para cultivar uma vida de intimidade, comunhão, refrigério, descanso e solitude nos amorosos braços do Pai. Precisamos recuperar a visão do REI do REINO, e passar a enxergar com os olhos d’Ele como é a noiva que ele de fato ama e nos esforçarmos como cristãos e como Igreja reunida para nos transformamos no objeto de seus deleites.
Luiz Fernando,
Servidor do Rei, ministro no Reino pela Graça de Deus!

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