Regador
Domingo, 24 de abril
de 2016 – Tempo Pascal – Lucas 4. 1-15
I – Puxando pela memória: O Contexto ainda é o dos dias que se
seguem ao batismo de Jesus por João e o início do ministério público do Senhor
entre o seu povo. O fato de Lucas destacar que o Espírito Santo guiara Jesus
para o deserto significa que a tentação faz parte do plano de Deus.
Na verdade, a intenção geral e fundamental desse texto é demonstrar que tipo de
Messias Jesus é. Não um ungido temporal para uma missão temporária como o foram
os outros ungidos de Israel, como o próprio batista, por exemplo. Jesus
como o Messias por excelência, é aquele que representaria definitivamente
Israel e que cumpriria cabalmente a missão que lhe fora comissionada, é enviado
ao Deserto para ser testado pelo Diabo e vencer exatamente naquilo que Adão e
Israel havia falhado. Vencer aqui significa obedecer. Não sabemos
exatamente o porquê da ligeira diferença na ordem da segunda e terceira
tentação se comparadas com Mateus, contudo, seguramente não há coisa alguma
aqui de relevante. Jesus é submetido ao teste da dependência absoluta, a
tentação do pão e resiste ao declarar que há um outro pão que deve ser desejado
mais que tudo nessa vida(Mt. 4-4), a Palavra de Deus. O diabo testa-o na
questão da idolatria, o pecado mais fundamental de todas as nações e reinos que
estão sob a influência de Satanás. Essas são enganadas erigindo para si ídolos
imundos, irracionais e perversos que não são Deus. Atrás da busca de poder e
glória sempre há tentação e o pecado de se desejar o lugar de Deus. Por fim, Jesus
é testado na tentação de manipular Deus e o sobrenatural ao seu bel-prazer.
Testado quanto ao desejo do homem de fazer de Deus um serviçal sempre pronto a
atender aos nossos caprichos e submetido aos nossos desejos mais mesquinhos.
Essas são as três tentações gerais das quais decorrem todos os outros pecados.
Adão e Israel foram testados. Adão nos dias do paraíso não quis depender de
Deus, quis glória, fama e sabedoria para si e desejou inverter a ordem e quis
submeter a vontade de Deus à sua. Igualmente Israel no deserto construiu um
bezerro de ouro e atribuiu glória a uma coisa que não era Deus. Teve saudades
das panelas de cebola e alhos do Egito e não acreditou na providência divina e
mais de uma vez murmurou contra Deus não aceitando a sua vontade. Jesus como o
Messias verdadeiro apaga os fracassos de Adão e de Israel e concede à Igreja a
capacidade de resistir ao diabo e as suas tentações. Os cristãos são
cotidianamente confrontados por essas mesmas tentações e submetidos todos os
dias aos mesmos testes. Graças a Deus que possuímos esse “gabarito” autêntico
com todas as respostas certas: Nem só de pão vive o homem; Somente ao Senhor
Teu Deus adorarás; Não tentarás o Senhor Teu Deus. Nisso consiste o início de
uma vida obediente e feliz sob os cuidados do Pai.
II – Provocando: Como você entende o papel das provações, lutas e
tentações em sua vida? Como você faz para resistir ao diabo e às suas
tentações? Diga fatos concretos.
III – Bebendo na fonte: Leia as perguntas 18-35 do Catecismo Maior
e responda: Como o Senhor providenciou-nos os meios para vencermos as tentações
e resistir à influência do pecado em nossa vida?
IV – Leituras bíblicas: Seg.: Rm 5.12; Ter.: 1 Jo 3.4; Qua.:
Gl 3. 10-12; Qui.: Ef 2.2,3; Sex.: Hb 2.14; Sáb.: Is 59.21.
V – Hinos: Seg.:
HNC 284; Ter.: HNC 139; Qua.: HNC 140; Qui.: HNC 141; Sex.:
HNC 143; Sáb.: HNC 144.
VI – Sugestão de Literatura: “Vida
Cruciforme” – Ed. Vida Nova.
Oração:
“Deus, nosso bondoso
Pai, que por meio de Cristo concedeste ao teu povo a graça de resistir às
tentações do inimigo, às seduções do mundo e às fraquezas da carne. Concede-nos
que repletos do Teu Espírito em tudo sejamos mais que vencedores. Por Jesus Teu
Filho amado. Amém”. (Livro de orações da Igreja Reformada Livre).
Nenhum comentário:
Postar um comentário