Regador
Domingo, 03 de abril de 2016 – Tempo de Páscoa – Lc 3. 15-22
I – Puxando pela memória: O texto nos coloca no limite e no
confronto entre dois ministérios. Um, o de João Batista que está no seu ocaso e
o outro, o de Jesus, está prestes a começar. Fica claro que o ministério do
Batista era exitoso e todo o povo o tinha como um ministro tão fiel e zeloso
que muitos já se interrogavam não seria ele o Messias. A prova da legitimidade
e da autoridade do Batista é que ele se recusa a aceitar qualquer comparação,
por menor que seja, com a pessoa e a obra de Cristo. Todo ministro e todo
ministério fiel deve apontar com clareza e exclusividade para Cristo. Outra
marca de que João assumira com diligência e senso da grandiosidade de seu
ministério foi que ele não reduziu, acomodou ou suavizou as exigências da Boa
Nova nem mesmo sob o risco de perder a vida. Um ministro fiel sabe que sua
mensagem e sua missão transcendem a sua pessoa. Jesus é o único que tem direito
de esposo sobre a Igreja, por isso João Batista não pode sequer cumprir a lei
do levirato (Dt 25.9), pois Jesus não cederá os seus direitos a outrem. Ele é o
que batiza com o Espírito para a salvação dos eleitos e batiza com fogo para o
julgamento e condenação dos incrédulos e para a pureza de sua amada igreja.
Evidentemente que em nosso tempo, o ministério de Jesus mais perceptível aos
nossos olhos é o Batismo com o Espírito de cujo batismo com água é mero sinal
exterior. O batismo com fogo está reservado para o tempo do fim, mas desde
agora, Jesus exerce direito e juízo sobre a sua Igreja. O batismo de Jesus dá
início ao seu ministério público. Lucas une o batismo à oração para demonstrar
que no batismo uma vida de intensa e profunda comunhão com o Pai deve ter
início e ir crescendo em graça, verdade, conhecimento e amor até à perfeição da
eternidade. Lucas apresenta o testemunho do Espírito e do Pai para declarar que
a autoridade de Jesus é maior do que a de João reconhecido apenas pelos homens.
Todavia, o Pai não declara às multidões, mas assegura ao próprio Jesus: “Tu és
o meu Filho amado, em ti me comprazo”. Esta é a certeza e a força que motivou
Jesus Cristo em todo o seu ministério até a cruz. Mesmo experimentando o
abandono como homem em lugar dos pecadores o Filho eterno de Deus jamais
esqueceu ou pode duvidar desta declaração pessoal de amor. Também os cristãos
em sua regeneração e justificação ouvem em seu íntimo essa mesma declaração. O
Espírito Santo se encarrega de ser nossa consciência permanente para não
cedermos à tentação e ainda nos animar em nossa busca por santificação todos os
dias.
II – Provocando: Todo cristão é um ministro de Cristo. Sua vida
exalta a Cristo? Sua fidelidade aponta para os méritos e a pessoa de Cristo?
Como filho de Deus você valoriza, nutre e deseja sempre maior intimidade com o
Pai? Diga fatos concretos.
III – Bebendo na fonte: Leia as perguntas 165-167 do Catecismo
Maior de Westminster e responda: Quais os benefícios e as exigências do batismo
cristão?
IV – Leituras Bíblicas: Seg.: Gl 3.27; Ter.: At 22.16; Qua.:
Jo 3.5; Qui.: Cl 2.11,12; Sex.: At 4. 21; Sáb.: 1Co 1. 11,13.
V – Hinos: Seg.: HNC 207; Ter.: HNC 208; Qua.:
HNC 210; Qui.: HNC 212; Sex.: HNC 2013; Sáb.: HNC 214.
VI – Literatura sugerida: “A
Glória de Cristo” – J. Owen. Ed. PES.
Oração:
“Ó Deus, que na ressurreição do Teu Filho adquiriste um povo para a tua
propriedade e louvor. Concede aos que foram lavados nas águas do batismo
testemunhar com a própria vida o Salvador de suas almas, Jesus Cristo, no Nome
de quem oramos. Amém” – (Oração do LOC adaptado)
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