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sábado, 26 de março de 2016

BIOGRAFIA MISSIONÁRIA



Charlotte Diggs Moon


Charlotte Diggs "Lottie" Moon (12 de dezembro de 1840 - 24 de dezembro de 1912)  era a quarta filha de uma família americana de cinco meninas e dois meninos. Ela tinha apenas treze anos quando seu pai morreu em um acidente de barco. Uma menina animada e franca, Lottie era indiferente à sua educação cristã até sua adolescência. Seu despertar espiritual somente aconteceu após uma série de reuniões de avivamento no campus da faculdade. 
Para surpresa da família, a irmã mais nova aceitou um chamado para ir ao norte da China como missionária e Lottie logo sentiu um chamado para segui-la. O período de serviço de Edmonia Lottie Moon foi breve, pois não conseguiu suportar as pressões da vida missionária.
A maioria dos trabalhos de missões naquela época era feito por homens casados, e Lottie logo se tornou frustrada, convencida de que seu talento estava sendo desperdiçado e poderia ser melhor aproveitada para o evangelismo e plantação de igrejas. Ela tinha vindo para a China para "sair entre os milhões", como uma evangelista, apenas para encontrar-se relegada para o ensino de uma escola de quarenta crianças. Ela se sentia acorrentada, e passara a ver a si mesma como parte de uma classe oprimida - mulheres solteiras missionárias. 
Lottie empreendeu uma campanha lenta, mas implacável para dar às missionárias a liberdade de ministro e ter uma voz igual no processo de missão. 
Em 1885, com a idade de 45, desistiu do ensino e se mudou para o interior para evangelizar em tempo integral nas áreas de P'ingtu e Hwangshien. A igreja testemunhou um crescimento firme, onde foram convertidos mais de mil.
Muitas dos escritos de Moon apareceram como artigos em publicações denominacionais, que comoviam o coração dos batistas do sul dos EUA e também os impelia ajudar financeiramente a obra missionária. Esses recursos permitiram que fossem enviadas mais mulheres solteiras para viver na China.
Ao longo de sua carreira missionária, Moon enfrentou peste, fome, revolução e guerra. Ela organizou um serviço de salvamento e pediu ajuda aos EUA, mas sofreu recusa. A missionária contribuiu com seus bens pessoais e deu todo o auxílio que alguém poderia dar, mas seus esforços pareciam insignificantes em face de tão grande tragédia.
Nesse período, Lottie foi acometida de grande depressão, agravada pelo fato de ter perdido a irmã, que se suicidou. Tal acontecimento fez com que não quisesse mais comer, e um médico foi chamado, pois morria de inanição. Na esperança de salvá-la, fizeram-se arranjos para que voltasse aos EUA, mas a missionária faleceu a bordo do navio enquanto ainda estava no porto de Kobe, no Japão, aos 72 anos.
O que Lottie não pôde realizar em vida, consegui depois de morta. A oferta missionária que ela iniciou com seus escritos foi repetida inúmeras vezes, sempre com muito sucesso. Para as mulheres batistas do sul, Lottie se tornara um símbolo de feminilidade cristã e do que as mulheres poderiam realizar pelas missões.

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