Regador
14 de maio de 2017 – Romanos
5.1-11 – Dia das Mães – 5º Domingo do Tempo pascal – Branco
I – Puxando pela memória: Domingo passado vimos em termos
“jurídicos” o que é a justificação e como ela foi creditada a nós, de maneira
graciosa, imerecida e totalmente voluntária da parte de Deus. Não a nossa, mas
a justiça de Cristo, sua retidão, satisfez as justas reivindicações do Pai.
Nesta nova seção, Paulo relega a linguagem jurídica a um plano secundário e
segue-se um argumento com base na ética, onde o amor suplanta a justiça. Paulo
começa tratando do efeito prático e imediato do pecador justificado em graça e
que a recebe pela fé. A justificação que muda a nossa posição
diante de Deus altera também a nossa relação com Ele. Agora, estamos
reconciliados com o Pai. Antes, como filhos da rebeldia, odiávamos a Deus e
nossa relação com Ele, caso houvesse alguma, era marcada por egoísmo,
interesses escusos, escarnecedor, ingrato e injusto. Esta reconciliação
significa ainda, que em Cristo e por causa de sua morte na cruz, Deus não tem
mais “queixas” a nosso respeito, Ele oferece-nos a sua paz fazendo cessar a sua
justíssima ira contra nós. Esta reconciliação leva-nos ao desfrute da graça e
da paz que só Deus tem a oferecer. Por causa dessa nova e correta relação com o
Pai até mesmo as vicissitudes de nossa história, como a tribulação, são usadas
pelo Senhor e apreendida por nós como experiências que só nos fazem madurecer.
É certo afirmar com o próprio Paulo então: “E
sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam
a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28).
(Aliás, este capítulo cinco de Romanos deve ser lido sempre à luz do capítulo
oito, supracitado). Todavia, devemos nos perguntar, o que o Apóstolo quer nos
ensinar? Dentre as muitas lições que poderíamos extrair, Paulo deseja que consideremos
a beleza, o imensurável, o maravilhoso amor do Pai que deu-nos uma prova cabal
de seu amor por nós: A morte voluntária, porém terrível, de Cristo na cruz do
Calvário. E Paulo quer que nós nunca nos esqueçamos da ‘loucura’ desse
amor: Cristo morreu quando ainda éramos inimigos! Prova mais uma vez da
maravilhosa Graça de Deus. Se, quando éramos então inimigos o Pai deu-nos
tamanha prova de amor, o que Ele não fará por nós, agora que somo amigos? Vale
lembrar aqui um outro texto de Paulo: “Quem
nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição,
ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?... Mas em todas estas coisas
somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de
que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as
potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem
alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo
Jesus nosso Senhor” (Rm 8.37-39). A vontade de Deus é que esperemos n’Ele e
n’Ele descansemos, mesmo nas tribulações, porque Ele já provou o seu amor por
nós.
II – Provocando: Escreva aqui o seu testemunho pessoal de sua
experiência na nova relação com Deus mediante a justiça de Cristo e os frutos
colhidos dessa paz e dessa Graça. Tendo Deus provado já o seu amor por você,
como enfrenta as tribulações da vida?
III – Bebendo na fonte: Leia os nossos Documentos Confessionais:
CFW 11.2; CH 21 e 90; CFW 18.1; CM 71 e 83;
BC 18 e diga qual o seu entendimento geral da doutrina da justificação.
IV – Leituras Bíblicas: Seg.: Rm 8.30; Rm 4. 4-8; Ter.: Tt 3.5-7; Jr 23.6; Qua.:
1Co 1.30-31; Fp 3.9; Qui.: jo 1.12; Rm 5.1; Sex.:
Tg 2. 17,22,26; Ef 2.6-9; Sáb.: Rm 3.26; 2 Co 5.21.
V – Hinos: Seg.: HNC 144; Ter.:
HNC 145; Qua.: HNC 150; Qui.: HNC 157; Sex.: HNC 167; Sáb.: HNC 169.
VI – Literatura: “Justificação e Regeneração” – Charles Letter –
Ed. Fiel.
Oração:
“Ó Deus, Pai de
bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas, concedei aos que
creem em Cristo a liberdade verdadeira e a herança eterna. Por Nosso Senhor
Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo” (Manual de Culto da Igreja
Presbiteriana dos Estados Unidos da América).
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