Regador
Domingo, 04 de
setembro de 2016 – 23° Domingo do Tempo Ordinário – Lc 15. 1-7
I – Puxando pela memória: O capítulo 15 foi chamado pela Tradição
da Igreja de “O Coração do Evangelho”, por trazer as parábolas que apresentam o
Pai das misericórdias. Nas três parábolas, o Pai é sempre tipificado como
alguém que se alegra em exercer misericórdia sobre o pecador. Os rabinos
consideravam os publicanos como pessoas não ensináveis, incapazes de se
adequarem sobre qualquer circunstância ao padrão moral da Lei e por isso mesmo,
jamais poderiam gozar as bênçãos da Aliança. Os rabinos ensinavam que Deus
recebe os pecadores arrependidos e lhes faz misericórdia quando se voltam para
Deus. Jesus, evidentemente não anula tal ensinamento, todavia, na parábola que
acabamos de ler, o pastor que tipifica Deus é quem sai à procura da ovelha
extraviada. É Ele quem dá a falta de uma de suas ovelhas. É Deus de
misericórdia quem se antecipa ao pecador, causa então de seu arrependimento. O
Pai se alegra por filhos arrependidos que humilhados são persuadidos pela graça
e retornam humilhados. O Salvador no céu é festejado quando cumprindo o que o
Pai determinou sai em busca e volta com o perdido sobre os seus ombros são e
salvo. Podemos aprender algumas lições
nessa passagem. A primeira delas é que o Evangelho não é nem excludente e nem
elitista. Assim como Jesus, nós também não podemos nos fechar em nosso gueto
religiosos e simplesmente nos sentir privilegiados e separados dos outros
homens. Claro que não. A nossa separação moral significa que não
compartilhamos, não aprovamos e não somos cúmplices dos pecados deste mundo.
Todavia, devemos manter ralações de proximidade sábia e saudável cônscios de
nossa missão de servir, testemunhar e proclamar a misericórdia do Evangelho do
Reino. Em segundo, entender que a parábola não ensina e não celebra o
arrependimento como condição. A parábola celebra e ensina a condição em que foi
achada o amor demonstrado pela diligência e pelo zelo amoroso do pastor é que
leva ao arrependimento. Isso nos previne e protege da tentação de achar ou
reclamar mérito em nossa conversão e em nossa salvação. E Por fim, a alegria
sentida por Deus e celebrada nos céus deve ser compartilhada na terra. A Igreja
deve alegrar-se por cada conversão. Cada vida salva é preciosa, das noventa e
nove que estavam seguras, o pastor dignou-se a buscar com diligência a aquela
única que estava perdida. Cada vida salva tem o mesmo valor e custou o mesmo
preço, o mesmo sacrifício na cruz. O convertido deve viver em júbilo e alegria
perenes, porque sabe exatamente em que condição foi encontrado, desgarrado,
perdido, alienado, na morte.
II – Provocando: Você se alegra de verdade quando alguém que você
julgava até então, um improvável convertido, é trazido por Cristo ao
arrependimento e a salvação? O que você sente de fato? Você demonstra pela vida
sua alegria pessoal por ter sido achado numa condição de perdição e agora se
encontra sob os cuidados de Jesus? Que tipo de relacionamento e amizade devemos
ter com os não crentes que conhecemos?
III – Bebendo na fonte: Leia os seguintes textos bíblicos: Zc
12.10; Os 16. 61,63; Ez 36.31; At 11. 18,20,21; Lc 15. 17-18 e responda: Como o
arrependimento dever ser entendido no processo de conversão e salvação de um
pecador, morte em seus delitos, e incapaz de arrepender-se por si mesmo?
IV – Leituras Bíblicas: Seg.: Sl 130; Ter.: Lc 18; Qua.:
Sl 51; Qui.: Sl 32; Sex.: Sl 86; Sáb.: Sl 144.
V – Hinos: Seg.: HNC 144; Ter.: HNC 145; Qua.:
HNC 146; Qui.: HNC 142; Sex.: HNC 141; Sáb.: HNC 138.
VI – Literatura: “O Peregrino”
– John Bunnyan – Ed. Fiel.
Oração:
“Ó Deus, derrama sobre
o mundo um espírito de quebrantamento e confissão, de modo que os homens
abandonem os seus caminhos errantes e sejam trazidos ao pastorado e Senhorio de
Jesus, nosso doce e amável Salvador. Amém.” – (Livro de Oração da Igreja Reformada da América).
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