Regador
3º Domingo em
preparação à páscoa, 21 de fevereiro de 2016 – Lc 2. 1-7
I – Puxando pela memória: Não faz muito tempo pregamos este mesmo
texto por ocasião das comemorações do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Na
ocasião, fizemos questão de enaltecer os pressupostos históricos que atestam a
veracidade do fato da encarnação no contexto mais amplo da história humana.
Como já dissemos mais de uma vez, no Natal comemoramos o fato e não a data do
nascimento de Jesus, o que não nos desobriga de investigar e aproximar o quanto
possível de um momento preciso no tempo. Todavia, ao voltarmos a esse texto nosso
desejo aqui é tratar da doutrina da humanidade de Cristo em seu
estado de humilhação. Na riquíssima e amorável cena do menino embalado
na manjedoura se manifesta aquela baixa
condição, na qual, por amor de nós, esvaziando-se de sua glória, Ele tomou para
si a forma de servo, em sua concepção e nascimento[1].
O Rei dos Reis vem até nós em condição semelhante a nossa e em pobreza para nos
enriquecer a todos. Abrindo mão de sua condição semelhante a Deus assumiu nosso
corpo de humilhação para carregar sobre si o peso e a pena de nossas culpas e
para dela nos redimir com sua carne dilacerada na cruz em sua morte brutal. A
partir de seu nascimento o Filho eterno de Deus se humilha ao sujeitar-se a Lei
desde a mais tenra infância quando seus pais ao oitavo dia o levam a Jerusalém
para ser circuncidado e oferecer o sacrifício de resgate, na condição de
pobres, apenas os dois pombinhos. Nessa condição humana, combate Satanás, luta
contra as enfermidades, a limitações do corpo como o cansaço, a sede e a fome e
toda sorte de indignidades dessa baixa condição[2]
a que livremente se submeteu. E por que Cristo humilhou-se? Primeiro para identificar-se profundamente
conosco em nossa miséria e condição, excetuando-se o pecado. Depois, para ser
capaz de sentir e o que sentimos e ser o sacerdote que nos convinha, santo,
puro e capaz de compadecer-se. E ainda, para levar sobre si a humilhação e a
penalidade do pecado, cravando na cruz em seu corpo o escrito da dívida que
pesava sobre nós. As feridas e as humilhações sobre a sua condição humana
trouxeram cura e na ressurreição a glorificação para os redimidos.
II – Provocando: Que lições de humildade você pode tirar para a sua
vida a partir da humilhação de Jesus? Sabendo que Ele sofreu esta humilhação
por amor a nós, qual deveria ser a nossa retribuição?
III – Bebendo na fonte: Leia as perguntas 46-50 do Catecismo Maior
de Westminster e responda: Em que consistiu a humilhação do Salvador?
IV – Leituras Bíblicas: Seg.: Hb 12.2,3; Ter.:
Sl 22; Qua.: Mt 4. 1-11;
Qui.:
Is 52.13-14; Sex.: Fp 2. 6-8; Sáb.: Rm 4.25.
V – Hinos: Seg.: HNC 264; Ter.: HNC 260; Qua.:
HNC 237; Qui.: HNC 248; Sex.: HNC 220; Sáb.: 265.
VI – Literatura sugerida: A Humilhação do Salvador, Héber de
Campos. Ed. Cultura Cristã.
“Ó Deus, que sabes quão frágeis somos, guarda-nos a nós, teus servos e
servas, defendendo exteriormente os nossos corpos de toda a adversidade e
purificando interiormente nossas almas
de todo mau pensamento; Por Jesus Cristo Teu Filho Nosso Salvador. Amém”
(Oração do LOC para a terceira
semana em preparação á Páscoa).
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