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segunda-feira, 23 de maio de 2011

MENSAGEM PASTORAL

Estímulos Missionários
“Os conselhos são importantes para quem quiser fazer planos, e quem sai à guerra precisa de orientação.” (Pv 20.18).

Eu tenho a mania de tentar extrair sempre alguma lição das experiências que a vida me permite viver. Não foi diferente desta vez por ocasião da visita de nossos queridos missionários do Norte da África. Em nossas conversas que avançavam madrugada á dentro, procurei comparar o estilo de vida deles com o meu, e confesso que em muitos momentos me senti envergonhado. Evidentemente que vivemos em contextos muito diferentes, eles estão em meio a um povo de cultura diversa e peculiar, em meio a uma civilização distante do Evangelho e que em sua esmagadora maioria desconhece por completo o Senhor Jesus Cristo. Contudo, as exigências de compromisso, consagração, dedicação, empenho no testemunho, no ardor evangelístico, a urgência missionária deveriam ser os mesmos, deveriam. Não raras vezes fui surpreendido e confrontado em minha consciência com a tremenda leviandade como eu mesmo me comporto em nosso contexto muito mais “favorável” à Igreja e ao Evangelho. Também fui surpreendido quando percebi que também a nossa Igreja é muito aburguesada e acomodada, que vive um cristianismo dentro de sua zona de conforto e segurança, com esforços mínimos e sem muitos sacrifícios para testemunhar. Para alguns de nós a simples distribuição de folhetos evangelísticos é um martírio. Ir de casa em casa então, bater às portas e oferecer o Evangelho da salvação é uma verdadeira cruz. E o que dizer do evangelismo pessoal, aquele de ganhar pessoas para Cristo, por meio da vizinhança, amizade, do testemunho intencional e do convite ás claras para vir a Cristo e a Igreja? Falta-nos verdadeira consciência de que o tempo urge, falta-nos uma aguçada consciência de que nossos parentes, amigos e vizinhos, se não vierem a Cristo passarão a eternidade longe de Deus na mais radical infelicidade. Na verdade, fui surpreendido com esta visita dos missionários, aprendi que o que nos falta realmente é um amor casto, puro,veraz, oblativo, sacrificial pelo próximo, daí a nossa indiferença diante dessa verdade de que sem Jesus, aqueles que pensamos amar, sofrerão na eternidade do inferno. Evangelizar é uma questão de amor! Mas nem tudo é tão cinza assim, esta visita também encheu-me de estímulos missionários. Deu-me uma visão mais apurada e mais alargada de como eu, como pastor, e essa Igreja podemos no envolver mais efetivamente em missões. Aprendi que a Missão possui níveis e esferas que são interdependentes. Antes de sermos uma Igreja missionária, devemos nos tornar uma Igreja evangelística, isto é, o evangelismo deve fazer parte integrante de tudo o que somos e fazemos como cristãos e como igreja. Devemos aproveitar todas as ocasiões para apresentarmos Jesus e sermos criativos, buscar novas formas, estratégias e metodologias que nos permitam o anúncio gracioso do Evangelho. Necessitamos desenvolver a prática da oração, buscar poder espiritual para esta tarefa. Sem o poder do Espírito Santo nenhuma eficácia haverá em nossas iniciativas e palavras. Esta oração deverá ser pessoal, doméstica e como grupos e na igreja. Deverá ser insistente e ininterrupta. Devemos redescobrir a força do evangelismo pessoal, do testemunho intencional, da abordagem direta. Devemos sair da cama em todas as manhãs e pedir a Deus que coloque uma pessoa em nosso caminho e uma unção em nosso coração. Devemos pedir a Deus que nos dê uma boa ocasião e oportunidade para falar dele com autoridade e convicção. Renovar em todas as manhãs o pedido a Deus de que hoje seja o grande dia em que aquele seu chefe, sócio, colega de trabalho, parente e etc. renda-se ao Senhor Jesus. Vivendo assim não podemos nos esquecer que a obra do Evangelho é sempre expansionista, nada menos que o mundo inteiro é o nosso alvo. Ganhamos o mundo plantando Igrejas, vencendo barreiras, indo a outros povos e culturas até os confins a terra. Estes são assuntos para a próxima semana. Até lá, e que Deus te guarde e sustente nas palmas de suas mãos.                                                          Rev. Luiz Fernando
Seu pastor e amigo.

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