Avivamento
“Assim diz o Soberano, o Senhor: Venha desde os quatro ventos, espírito, e sopre dentro desses mortos, para que vivam.” (Ez 37.9).
O Avivamento é uma realidade que vez por outra Deus providencia para o seu povo. Ele vem de Deus, pode ser desejado pela Igreja, mas não pode ser agendado e nem produzido por ela. Acontece onde, quando e com quem Deus assim o quer. A história da Igreja, seja ela do Antigo ou Novo Testamento, apresenta vez por outra esta intervenção maravilhosa de Deus provocando um renovo de vida espiritual, obediência e transformação com alcance inclusive para a sociedade onde este povo se encontra. No Antigo Testamento destacamos períodos de avivamento nos dias de Moisés, Samuel, Davi, Gideão, Josias, Esdras e etc. No Novo Testamento já sentimos seus sinais quando contemplamos a fila dos arrependidos que se apresentam para o batismo durante o ministério de João Batista, que assombrosamente é vivido nos dias do ministério terreal de Jesus e alcança a Igreja de Atos dos Apóstolos com sinais e maravilhas. Os quatro grandes Concílios da antiguidade cristã: Nicéia, Éfeso, Calcedônia e Constantinopla bem como as investidas missionárias de Patrício e Winfrido testemunham dias de uma poderosa visitação do Senhor. A Reforma Protestante iniciada em 1517, bem como os seus desdobramentos, bem como os grandes despertamentos dos séculos 18 e 19, são evidências inequívocas destas ondas de avivamento que “ad tempus” aportam à praia da Igreja. Como afirmamos a cima, o avivamento não pode ser produzido simplesmente pela igreja. Não há como agendá-lo, não é possível incluí-lo em nossa programação eclesiástica, não há como convidar alguém para que venha para uma noite ou semana de avivamento, isto seria no mínimo uma presunção humana. Contudo, a Igreja pode desejar, suplicar, preparar-se para um avivamento. Ela pode preparar os “Caminhos do Senhor” e pavimentar a via para os “formosos pés do que evangeliza a Paz”. Mas é bom que se diga, o avivamento só acontece na Igreja, entre os cristãos, no meio dos salvos, que devido a sua pecaminosidade e as astúcias do inimigo, de modo recorrente ao longo dos tempos, pode apresentar sinais de dormência, letargia, preguiça e em muitas vezes morte espiritual, do tipo esterilidade espiritual. Falta de entusiasmo, falta de compromisso, lassidão e frouxidão moral e ética. Mornidão em relação ao anúncio do Evangelho e acomodação ao padrão cultural do presente século. Todas estas coisas elencadas e mais outras que você mesmo pode detectar, são a grande causa de muitos sofrimentos em nosso meio e também de nossa impotência e ineficácia no crescimento da obra. A primeira atitude de um crente e de uma Igreja lenta e paralisada é reconhecer o seu estado, com verdade e caridade, assumir a sua condição. Depois, desejar ardentemente que Deus mude as disposições de sua mente e coração, que seduza e incline sua vontade para as coisas espirituais com deleite. Apegar-se ciosamente á leitura e audição da Bíblia. Não suportar um “outro Evangelho”, mas como crianças, desejar o puro leite espiritual da sã doutrina. Valorizar, ter em altíssimo apreço o ministério da exposição didática e sistemática da Bíblia e que esta seja realizada com unção e iluminação do Espírito Santo por parte do pregador e recebida com submissão e gratidão amorosa por parte da assembléia. O arrependimento, a confissão e o abandono de pecados e vícios, o choro clamoroso acompanhado pela vergonha de ter pecado, são coisas necessárias a uma Igreja e a um cristão que deseje ver e vivenciar as maravilhas do Senhor. O amor pela santidade do Senhor e pela própria também são verdades espirituais a serem cultivadas por quem deseja um princípio de vida nova. Enquanto clamamos e ansiamos por dias de glórias em nossa vida e Igreja, façamos com insistência a oração do profeta: “Aviva a tua obra, Ó Senhor, no decorrer dos anos, e no decurso dos anos, faze-a conhecida.” (Habacuque 3. 1 ARA).
Rev. Luiz Fernando
Seu pastor e amigo.
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