Família, escola de virtudes.
“Meu filho, obedeça aos mandamentos de seu pai e não abandone o ensino de sua mãe.” (Pr 6. 20).
Deus criou o homem para participar de sua indizível alegria e quis que esta participação se desse por meio da família. Ao juntar Eva a Adão a mente do Criador projetava não só a união conjugal estável entre homem e mulher, mas fundava aí as bases inamovíveis da família. Pode-se afirmar com toda a certeza que a humanidade como raça e espécie é um ser programado para constituir e viver em família, e mais, é no seio da família que o processo de humanização acontece, onde as feições próprias da humanidade são delineadas, onde somos educados para viver em sociedade. Sem a família a própria noção de civilização perde seu sentido. Não obstante todas as conquistas científicas e tecnológicas de nossa contemporaneidade, uma ultrajante onda de desumanização assola sociedades inteiras. A decadência moral de algumas culturas chega a níveis intolerantes. A propaganda pornográfica que degrada a sexualidade humana, as campanhas para a descriminalização do aborto que atentam contra a sacralidade da vida e a legalização da prática da eutanásia que maculam a inviolabilidade da vida humana. Há também toda uma cultura para incorporar as drogas ao nosso cotidiano como meio de diminuir a violência e o homossexualismo como orientação sexual, uma opção como outra qualquer da vida. Os antropólogos afirmam que uma geração inteira já foi perdida para esta cultura de desconstrução da pessoa humana que passa necessariamente pela demolição da estrutura familiar, arquitetada por Deus desde os primórdios da história. Nossa tarefa como Igreja e como cristãos talvez não seja simplesmente preservar a instituição familiar como um dom divino. Estou convencido de que a família além de alvo de nossa atenção e de nosso cuidado pastoral, ela deve tornar-se também parte integrante do anúncio do Evangelho, isto é, o chamado para a fé em Cristo deve ser também um chamado para a refundação da família do neo convertido. Mas também a pregação doutrinária que visa a edificação dos que já estão em Cristo deve conter sempre uma instrução para a transformação dos lares em escolas de virtudes. Só a família é capaz de transmitir e viver aqueles valores mais fundamentais para a pessoa e a sociedade. Só a família, e, de maneira intransferível em sua missão, pode influenciar de maneira indelével o conjunto de valores que formam o coração da pessoa de tal maneira a incidir sobre a totalidade de seu comportamento. É no seio da família que as estruturas do coração são erguidas e solidificadas, por isso mesmo a urgência em penetrar e ambientar a família com a Palavra de Deus. Uma família que sofra as benfazejas influências da instrução Bíblica transforma por completo o seu estilo de vida, apegando-se ao projeto de felicidade concertado por Deus. Pela obediência às Escrituras o relacionamento conjugal é eivado de carinho, respeito, compreensão, cuidado, honra, dignidade, pureza, castidade e serviço. Pelo conhecimento e vivência da Bíblia a paternidade (e maternidade) além de responsável, adquire também autoridade e sabedoria para encaminhar os filhos na disciplina, justiça e verdade do Senhor. Pela celebração piedosa e pela posse graciosa das promessas de Deus os filhos passam a cumprir com dadivosidade o mandamento de honrar os pais, docilmente a eles se submetem criando assim um ambiente de segurança afetiva, emocional e psicológica na casa. Uma família assim forja em seus membros bons princípios de cidadania, altruísmo, solidariedade, civismo e etc. Uma família orientada pelas verdades das Escrituras tomará Fp 4.8 como seu estilo de vida: “tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas... E o Deus da paz estará com vocês.” Deus guarde e abençoe as nossas famílias!
Rev. Luiz Fernando
Seu Pastor e Amigo.
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