E a família, como vai?
“Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente.” (1Tm 5.8).
Perguntar como vai a sua família nesta pastoral é apenas uma provocação. Desejo desafiá-lo a participar com grande alegria e interesse da SEMANA DA FAMÍLIA que terá lugar em nossa Igreja nesta próxima semana, de 02 a 07 de maio. Contudo, para além da alegria e do interesse eu desejaria mesmo que você participasse com toda a sua família também com um sentimento de urgência, necessidade e vigilância. Nossas famílias estão sob fortíssimo ataque do diabo. Não há um espaço da atividade humana em que a família não vem sendo desprestigiada. Nos ambientes culturais e artísticos cada vez mais a família é cada vez menos “convencional”, entenda-se isto a presença de pai e uma mãe (macho e fêmea) e os filhos. Os anciãos já nem figuram mais em novelas ou filmes como pessoas sábias e equilibradas, antes ou são doentes ou pateticamente apresentados como os bufões da história. No campo da educação, no afã de contextualizar a criança no mundo, os livros didáticos fazem da triste experiência comum dos lares desfeitos, dos múltiplos divórcios e incontáveis casamentos de pais e mãe como algo normal e que deva ser integrado em seu processo formativo sem nenhuma contestação. Também os projetos de leis que tramitam nas instâncias legislativas maiores de nosso país são assustadores. O Evangelho e a Igreja devem se posicionar veementemente contra toda forma de discriminação e intolerância, incluindo-se aqui os homossexuais. Contudo, essa posição estará sempre distante de concordar com este estilo de vida como uma opção e não um pecado. A união estável de pessoas do mesmo sexo, a permissão legal para a adoção de filhos e constituição de família e etc. são um atentado à família e ao próprio de Deus em sua autoridade sobre a criação. Também a cultura do consumismo e do crediário indiscriminado tem arruinado e afundado muitas famílias em dívidas desnecessárias e impagáveis. Há toda uma mentalidade que une bem-estar, felicidade e consumo como realidades indissociáveis, o quê gera instabilidade e um profundo senso de fracasso e insatisfação, que empurra as pessoas para relacionamentos cada vez menos estáveis e duradouros em busca de satisfazer-se no aqui e agora as suas carências. A mentalidade do consumismo provoca relacionamentos descartáveis. Não poderíamos deixar de falar aqui das igrejas do milagre imediatista. Aquelas realidades evangélicas que ensinam apenas buscar a Deus para as demandas do já e agora, como bens materiais, sucesso financeiro, na carreira profissional, no empreendimento e também em toda sorte de milagres. Não há nada de errado em buscar a direção e a bênção de Deus para estas coisas, mas é uma sandice buscar Deus só com este fim. Estas igrejas e esses movimentos evangélicos também contribuem no processo de erosão e alienação da família, pois ao atribuir todo mal á responsabilidade do inimigo, ou todo fracasso à falta de fé do que busca o milagre, os dois extremos são doentios e roubam o justo equilíbrio moral do indivíduo. Famílias compostas por membros assim ora se acusam por suas derrotas, ora se alienam e abrem mão de sua responsabilidade sobre os seus atos, o que gera grande desentendimento. Igrejas assim não possuem a consciência do pacto, não formam e não constroem comunidades formativas e protetoras das famílias como igrejas domésticas que são e nunca oferecem o devido cuidado pastoral. Por causa destas e de muitas outras realidades hostis e prejudiciais a família, à sua família, é que eu estou te convidando para vir ter conosco nestes dias de oração, estudo, ministração, aconselhamento, intercessão a fim de protegermos e educar nossas famílias no pacto de graça e da fidelidade de Deus e seu projeto original para o homem e a mulher, inalterado desde os dias do Éden e purificado também pelo sangue vertido na cruz. Venha e traga a sua família!
No zelo do Senhor
Rev. Luiz Fernando
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