Regador
Domingo, 19 de junho
de 2016 – Tempo Ordinário – Lc 8. 42b-48.
I – Puxando pela memória: A perícope estendida nos faz saber do
encontro de restauração e libertação de duas mulheres em etapas distintas de
suas vidas. A primeira, uma adolescente de doze anos, a segunda uma mulher
madura com problemas de saúde. Vale a pena ressaltar que numa sociedade e cultura
como as nossas, onde as mulheres lutam por espaço, emancipação e afirmação,
jamais encontrarão maior valorização e nunca receberão melhor tratamento do que
esse do Evangelho. Com isso não quero dizer que em muitos contextos e épocas da
história, uma má compreensão do Evangelho não tenha marginalizado a mulher ou
ferido a sua dignidade. Obviamente que não. Mas, não foi o Evangelho que se
mostrou inapropriado ou Cristo um subjugador machista. Mas, liderança da
Igreja, pecaminosa e sem entendimento e ao mesmo tempo capitulada e presa a uma
cultura que não aplicou devidamente o Evangelho e o exemplo de Jesus Cristo no
tratamento dado a elas. Todavia, o Evangelho nos apresenta hoje algumas
verdades para a nossa consideração. Primeiro que a experiência redentora
do Jesus Cristo no Evangelho é sempre pessoal e intransferível. A mulher
padecente de hemorragia precisou ela mesma ir ao encontro de Jesus Cristo. Segundo,
embora saibamos da finitude, limitação e falibilidade dos meios humanos, como a
medicina, devemos recorrer a esses sem jamais deixar a dependência exclusiva de
Deus. Não há base bíblica para nunca recorrer à medicina e buscar apenas o
milagre, como não há fundamento para recorrer a Deus somente quando os recursos
dessa vida falharem. A medicina é o meio ordinário e criatural dado por
Deus para o bem estar e cura do homem. A oração também é um meio ordinário, é
um meio estabelecido para se atingir um fim desejado por Deus. O resultado,
porém, é extraordinário. Portanto, é sempre o mesmo Deus que age em “Potentia Ordinata” através de seus meios
estabelecidos, medicina e fé. Entretanto, cabe uma terceira reflexão que já
nos leva a uma aplicação. A vida com Jesus não se resume a conhecimento
teológico e à vida ética. O Evangelho é também uma vida de empoderamento
espiritual. Aquela mulher foi em busca de poder. Poder que cura, restaura,
transforma, fortalece ante as investidas do mundo, da carne e de Satanás. O que
você veio buscar hoje aqui?
II – Provocando: O Evangelho é sempre um convite para se tocar em
Jesus pelas mãos da fé. Você tem buscado poder em Jesus para lutar, suportar e
vencer as batalhas diárias de sua vida? Que meios estão à sua disposição para
esse empoderameto? Você entende que é sempre o mesmo Deus agindo de formas
diferentes para o cuidado e o governo da criação? Explique.
III – Bebendo na fonte: Leia as perguntas 160 a 162 do Catecismo
Maior e responda: Quais são os meios ordinários deixados por Cristo na Igreja
para que d’Ele recebêssemos poder?
IV – Leituras Bíblicas: Seg. Pv 8.34; Ter.: Lc 8.18; Qua.: 1 Ts 2.13; Qui.:
1 Co 11.24,25; Sex.: At 2.38; Sáb.: Dt 30.6.
V – Hinos: Seg.: HNC 370; Ter.: HNC 344; Qua.:
HNC 346; Qui.: HNC 331; Sex.: HNC 333; Sáb.: HNC 369.
VI – Literatura:
“Redescobrindo o tesouro perdido do culto
familiar” – Jerry Marcellino. Ed. Fiel.
Oração:
“Pai da Graça e da misericórdia infunde em nós o invencível poder da fé,
para que em todas as circunstâncias da vida seja Cristo por nós e em nós glorificado.
No Nome d’Ele que oramos. Amém.” (Devocionário da Igreja Menonita).
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