Os deveres da
Assembleia Geral da Igreja
“Também lhes digo que se dois de vocês
concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será
feito por meu Pai que está nos céus.” (Mt 18.19).
No próximo Boletim vamos fazer o primeiro Edital
de Convocação para a Assembleia Geral
Extraordinária da Igreja e começaremos a baixar as instruções para a
eleição de oficiais que deverá ocorrer em março próximo. Além daquelas
obrigações e daqueles poderes garantidos pela Constituição da Igreja
Presbiteriana do Brasil, das Escrituras
Sagradas inferimos outras que devem ser levadas tão a sério, se não mais,
do que aquelas tipificadas em nosso código legal. Elenquei aqui algumas
verdades que não podem ser esquecidas por parte dos membros maiores da igreja
sob a pena de incorrerem em grave erro e pecado. 1. A Assembleia é um
evento de Igreja, ou seja, não é simplesmente um acontecimento
político-administrativo. Toda Assembleia é convocada e aberta sob os auspícios do
Espírito Santo. É também um evento de natureza espiritual e devemos
estar com os corações orientados com a finalidade última de agradar a Deus. 2. Toda Assembleia de Igreja é um
“loci” teológico. Isto é, um lugar para confrontar as nossas
aspirações com a vontade de Deus. De confrontar a nossa administração
com o projeto do Senhor, é o lugar propício para tomar decisões pautadas e
condicionadas pelo querer de Deus evitando a todo custo o fazimento de nossos
projetos pessoais, vaidosos, mesquinhos, estreitos de coração e míopes quanto à visão de Deus para os
rumos ministeriais da Igreja. 3. Todas as assembléias deve sentir-se como num cenáculo, como
num auditório para se ouvir e também sentir o mover do Espírito Santo. O
Espírito que fala à Igreja manifesta-se também na vontade da Assembleia, mas,
só quando esta se abre e se aquieta para ouvir o murmúrio do Espírito que passa
na brisa suave. Não podemos condicionar nossas escolhas, dar o nosso voto
embasado em critérios de simpatia e antipatia. Tampouco sob a égide do
favorecimento familiar ou atendendo a interesses corporativistas. Não podemos
nos deixar contaminar pelas regras e pela cultura do jogo político comum. 4.
Como ensina Paulo: “Nada façam por
ambição ou vanglória, ninguém procure o seu próprio interesse e sim o dos
outros” (Fp 2. 3,4). Em nossas escolhas, os fins que devem controlar as
decisões que tomamos devem ser nobres, desapegados, desinteressados, generosos
e altruístas. 5. “Não participe dos
pecados dos outros” (1Tm 5. 22). Este versículo está no contexto da
ordenação de oficiais. Esta Assembleia que terá lugar em março servirá para
este fim. Portanto, esta é uma séria advertência. É uma ocasião soleníssima e
grave para a Igreja e para o seu futuro. Não podemos escolher levianamente.
Somente debaixo de muita oração, sob a guia segura e indefectível do Espírito
Santo, instruídos pelas Escrituras, devemos escolher aqueles que parecem bem a
nós e ao Espírito Santo (At 15.28), isto é, atentar para as qualificações
exigidas para o exercício do oficialato na Bíblia, e para aquelas outras que
podemos julgar à luz de nossa convivência e experiência comunitárias. 6. E, por fim, a
participação ativa e responsável na Assembleia é também um modo bastante
específico de exercitar nosso sacerdócio universal e nosso múnus de participar do
governo da igreja. Não abra mão desse seu privilégio e não fuja de suas
responsabilidades. Como igreja existimos para a glória de Deus, nossas
escolhas sempre indicarão em que caminhos queremos andar, que tipo de igreja queremos ser e a
quem buscamos
de fato agradar. Desde já, ore pela iluminação de nossa
Assembleia Geral Extraordinária.
Rev. Luiz Fernando - Pastor Mestre da IPCI
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